Cruzeiro é Alisson e mais dez, afirma técnico celeste

Foram cinco meses de agonia para Alisson. “Foi um momento muito difícil pra mim, ficar dentro de casa, vendo meus companheiros jogando a Copa do Brasil e o levantando o título brasileiro”, lembra. Com tanta vontade de estar em campo, não teve como ele conter as lágrimas.   O problema, no entanto, virou passado. Alisson, um dos destaques na goleada por 4 a 0 sobre o Villa Nova, quarta-feira, quer ser o “cara” do Cruzeiro em 2015. “Tomara que seja meu ano. Em 2014, estava numa crescente muito grande, infelizmente aconteceram as lesões. Mas isso contribuiu para meu crescimento”, diz.   Se depender do técnico Marcelo Oliveira, a joia lapidada na base cruzeirense está voltando com tudo. Para ele, o time do Cruzeiro é Alisson e mais dez. A expectativa do treinador em torno do atacante é tão grandes que Marcelo o citou como “principal jogador” e a “esperança para acertar a equipe” na temporada.   Por isso, Alisson vem recebendo tratamento especial na Toca da Raposa. Para evitar novas lesões, o atacante e outros jogadores, como o lateral-direito Mayke, têm sido submetidos a um processo de fortalecimento muscular.   Contra o Villa, Alisson não decepcionou o chefe e teve participação direta em três dos quatro gols cruzeirenses. “Fico feliz com os elogios do Marcelo, mas acho que temos que ir passo a passo”, pondera o camisa 11. “Depois de cinco meses parado, fiquei um pouco surpreendido com o meu desempenho”, completa.   Mesmo com o aval de Marcelo, para Alisson, a titularidade não é garantida em um grupo tão forte. “Titular absoluto não tem nenhum aqui dentro. Qualquer um que entrar vai ter a chance de mostrar seu futebol e corresponder. Aqui tem um grupo e não adianta só pensar em mim, mas em todos. Caso contrário, não chegaremos a nenhum lugar”, afirma o jogador de 21 anos.   Parceria   Feliz pelo retorno aos gramados, Alisson projeta agora uma parceria de futuro com o meia Arrascaeta. Foi dele o passe do primeiro gol do uruguaio com a camisa estrelada. “É um jogador de muita qualidade, que pensa muito rápido. É fácil jogar com ele”, elogia Alisson.   Ele, no entanto, evita dizer que foi fundamental no crescimento da produção de Arrascaeta. “Foi uma coincidência eu voltar e o Arrascaeta fazer dois gols. Estava faltando confiança pra ele. Esses gols vão ajudar muito ele e a gente também no decorrer da temporada, porque a tendência é o futebol dele crescer ainda mais”, analisa o jogador.   Alisson só pensa agora na Libertadores. “Não sei o que vai acontecer na quinta-feira, mas temos que estar preparados, porque vai ser um jogo difícil (contra o Mineros, na Venezuela)”.