Cruzeiro é superado pelo São Paulo e perde invencibilidade no Mineirão

Wallace Graciano - Hoje em Dia
09/10/2013 às 23:46.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:12

O São Paulo voltou a ser a “asa negra” na vida do Cruzeiro. Reconhecendo sua inferioridade técnica em relação ao adversário, o tricolor atuou de forma compacta, explorando os contra-ataques e assim bateu a Raposa por 2 a 0, na noite desta quarta-feira (9), no Mineirão. Sem conseguir ultrapassar a retranca montado por Muricy Ramalho, o time celeste pouco criou e viu Douglas e Reinaldo quebrarem sua invencibilidade no Mineirão, que já durava 24 jogos, desde a derrota para o...São Paulo, em maio de 2010.   Ao menos a Raposa não saiu com grande prejuízo na tabela de classificação, já que o Grêmio, segundo colocado, também foi derrotado em seus domínios, pelo Criciúma. Com isso, o Cruzeiro permanece com seus 59 pontos, 11 a mais que o tricolor gaúcho.   O próximo duelo da Raposa promete ser tão complicado quanto o desta quarta-feira. No domingo (13), o Cruzeiro encara o arquirrival, Atlético, no Independência,  às 16 horas. Na mesma data e horário, o tricolor também terá um derby pela frente, contra o Corinthians, que será realizado no Morumbi.    Dois lados   Durante a semana, o jogo entre Cruzeiro e São Paulo foi tratado como um “duelo de opostos”, já que colocava o líder mais que disparado do torneio, contra um time paulista que vivia o temor do rebaixamento. O curioso é que o jargão também pode ser utilizado para traduzir as ações da primeira etapa do embate entre os clubes, na qual a Raposa tentou colocar a bola no chão e imprimir seu ritmo intenso, mas esbarrou em um tricolor muito compacto.   Enquanto o relógio corria na etapa inicial, o São Paulo se preocupava em “fechar a casinha”. Com três zagueiros e dois volantes, o tricolor diminuía suas linhas e neutralizava os passes em velocidade do meio-campo rival, característica marcante da Raposa neste campeonato. Boa parte do mérito deve-se a Rodrigo Caio e Wellington, que mudavam constantemente de posição em campo, “secretariando” os zagueiros quando o Cruzeiro subia ao ataque. Em algumas oportunidades, eram oito são-paulinos atrás da linha da bola, o que dificultou as ações do adversário.   Com poucos espaços na metade do campo, a Raposa perdeu a ligação rápida entre os volantes e os meias. Já que as trocas de passe em velocidade eram pouco produtivas, o Cruzeiro passou a explorar  as invertidas de jogo e carregar mais a pelota. Assim, quase chegou ao gol aos 24 minutos, quando Borges cruzou da intermediária e achou Ricardo Goulart livre, que testou firme para o gol. Dênis salvou o São Paulo.    Aos 31, veio a grande chance do Cruzeiro abrir o marcador, quando Ricardo Goulart recebeu livre na esquerda e chutou cruzado. Dênis salvou parcialmente, dando rebote para seu lado esquerdo. A bola caiu nos pés de Willian, mas o atacante perdeu gol incrível, ao mandá-la na trave, mesmo com o arqueiro tricolor “vendido”. Era um gol que não se pode perder e fez falta ao final do primeiro tempo. Do segundo também.   Asa negra   A tônica da primeira etapa permaneceu inalterada. Era um Cruzeiro tentando achar espaços para trocar a bola em velocidade e mostrar o porquê de sua liderança mais que isolada contra um São Paulo compacto, fechando espaços e partindo em contra-ofensiva. Mas, desta vez, a atitude paulista surtiu efeito.   Desde o rolar inicial da bola, a Raposa passou a forçar mais as jogadas pela lateral, tentando achar brechas na defesa são-paulina. Porém, quem encontrava espaços era o Tricolor, principalmente nas pontas. Aos 15 minutos, Ademílson fez grande jogada, driblando dois adversários, mas mandou para fora, em jogada originada de espaços deixados pela lateral.   Confira a galeria de imagens do duelo E a ala voltou a ser explorada em outras oportunidades pelo São Paulo, sendo que em uma não teve perdão. Aos 30, o tricolor paulista desceu em velocidade pela ponta-esquerda. Após bela troca de passe, a bola caiu nos pés de Ademílson no meio da área. Ágil, ele “fez o pivô” e tocou para Douglas, que chutou com força para abrir o marcador. 1 a  0.   O gol deixou o Cruzeiro sem norte. Era a primeira vez que o time estrelado era batido no Mineirão, desde a reforma do estádio. Confuso, viu o São Paulo dar o golpe fatal aos 34 minutos, quando Ganso bateu falta na barreira e a pelota sobrou para Ademílson, que centrou a bola na pequena área para a conclusão de Reinaldo ao gol. 2 a 0.   O placar fez justiça ao futebol apresentado pelas equipes nesta quarta. O Cruzeiro não conseguiu ultrapassar a boa marcação adversária. O tricolor, por sua vez, talvez fez sua melhor partida neste Brasileirão, se distribuindo bem dentro do gramado e explorando os contra-golpes para matar o jogo.   FICHA TÉCNICA   CRUZEIRO 0 X 2 SÃO PAULO   CRUZEIRO: Fábio, Ceará, Léo, Bruno Rodrigo, Egídio (Mayke); Nílton, Lucas Silva, Everton Ribeiro, Ricardo Goulart (Dagoberto); Willian e Borges. Técnico: Marcelo Oliveira   SÃO PAULO: Denis, Paulo Miranda, Édson Silva, Rodrigo Caio; Douglas, Wellington, Maicon, Ganso, Reinaldo; Ademilson e Aloísio (Wellinton). Técnico: Muricy Ramalho   Gols: Douglas (aos 30') e Reinaldo (aos 34' do 2º tempo) Motivo: Jogo válido pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro  Data:9 de outubro de 2013 Estádio: Mineirão Cidade: Belo Horizonte Árbitro: Jaílson Macedo Freitas Árbitros assistentes: Ivan Carlos Bohn e Rafael Trombeta Árbitros assistentes adicionais: Pablo dos Santos Alves e Dyorgines Jose Padovani de Andrade Público: 40.743 pagantes Renda: R$ 1.899.595,00 Cartões amarelos: Wellington e Ganso (São Paulo); Lucas Silva e Dagoberto (Cruzeiro)

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