Em sete jogos, Jardim somou apenas 23,80%, quase 15% menor que Bento
Jardim tem início no Cruzeiro pior que compatriota Paulo Bento (Montagem / Foto:Gustavo Aleixo - Cruzeiro / Washington Alves-Light Press-Cruzeiro)
O português Leonardo Jardim chegou ao sétimo jogo à frente do Cruzeiro com um aproveitamento de apenas 23,80%, o menor entre os compatriotas que passaram pela Toca II. Em 2016, Paulo Bento teve 38,09% no mesmo período, enquanto Pepa somou 57,14%.
Paulo Bento chegou ao clube em maio de 2016 para ocupar a vaga de Deivid, demitido na semifinal do Mineiro daquele ano. A estreia do comandante veio com um empate em 2 a 2 com o Figueirense, no Mineirão, pela segunda rodada do Brasileirão. Já a primeira vitória só aconteceu no quarto jogo.
Com gol do atacante Élber, o time celeste superou o Botafogo, no Mané Garrincha. Em seguida, ele foi derrotado pelo São Paulo e bateu o Atlético, em clássico também válido pela série de 2016.
Com um elenco limitado e sem conseguir emplacar, Bento foi demitido em julho do mesmo ano, tendo dirigido o time em apenas 17 jogos, sendo dois destes, válidos pela Copa do Brasil. Ao todo, o time celeste conquistou seis vitórias, teve três empates e foi derrotado em oito partidas. O treinador deixou o clube com 41,17% de aproveitamento.
Sete anos após a passagem de Paulo Bento, o Cruzeiro voltou a ter um português no comando. Trata-se de Pepa. Mais desconhecido que Bento, Pepa tinha na Raposa o primeiro grande trabalho pela frente. O início foi com duas derrotas, mas, em seguida, emplacou quatro vitórias seguidas.
A sequência foi interrompida com um revés para o Fluminense, no Mineirão. Ganso e Cano garantiram os 2 a 0 para o Tricolor Carioca, em jogo válido pela quinta rodada do Brasileirão de 2023. Em agosto, o Cruzeiro anunciou a demissão de Pepa, após 25 partidas. Foram sete vitórias, oito empates e 10 derrotas. O aproveitamento do português foi de 38% ao final do ciclo.
Desde que chegou ao Cruzeiro, em fevereiro deste ano, Jardim chegou a apontar problemas na formação do elenco, logo após cair na semifinal do Mineiro, para o América. Em seguida, ele teve pouco mais de 30 dias para trabalhar com o grupo antes de retornar a um jogo oficial.
Após o vexame diante o Mushuc Runa, pela Sul-Americana, no Mineirão, o técnico voltou a se eximir da responsabilidade pela formação do grupo, mas colocou em si a culpa pelos péssimos resultados do time em campo.
De quebra, reforçou que, caso Pedro Lourenço, dono da SAF Celeste, opte por interromper os trabalhos, “seria fácil de resolver”, já que não está preso em contrato.
Leia mais