(Luiz Costa)
O técnico Marcelo Oliveira não se cansa de avisar aos seus comandados. A cada partida, os adversários vão enfrentar o Cruzeiro de forma cada vez mais fechada. Portanto, é bom ter paciência. Prova disso é o fato de que a equipe estrelada tem virado especialista em “furar” o bloqueio dos rivais no segundo tempo.
Dos 29 gols anotados pela Raposa no Brasileirão deste ano, 18 foram assinalados na etapa complementar. Em casos mais recentes, foi assim nas partidas contra o Vitória e Figueirense, ambas no Mineirão. Diante dos baianos, os três gols do triunfo por 3 a 1 saíram no segundo tempo. Já na goleada por 5 a 0 sobre os catarinenses, foram quatro comemorações após os primeiros 45 minutos.
Uma realidade totalmente diferente da conquista do Nacional do ano passado. Naquela edição, o esquadrão azul ficou conhecido por marcar a maioria dos seus gols na primeira etapa.
No próximo sábado, a equipe estrelada encara o Criciúma, às 18h30, no Heriberto Hülse. E mesmo jogando em seus domínios, os catarinenses prometem explorar os contras ataques.
“Estamos mais maduros nesse sentido, até porque a maioria dos times quando joga contra a gente, principalmente em casa, atua recuado, de forma bastante defensiva. Diante disso, o Marcelo nos cobra bastante, para não ter desespero, nem chutão, sempre mantendo a calma. Estamos trabalhando nisso há um bom tempo”, analisa o volante Lucas Silva.
Além de explorar as investidas no contra-ataque, Lucas acredita que a Raposa é o time a ser “batido” no momento.
“O Cruzeiro sempre vai ser um time que todos querem tirar uma ‘casquinha’, pelo futebol, pelo momento que a gente vive. Embora todos falem que somos favoritos ao título, a gente não vê dessa forma”, completa o jovem, de 21 anos.
Mudanças
Contra o Criciúma, a tendência é a de que Marcelo Oliveira mantenha praticamente a mesma equipe que empatou com o Botafogo, no último sábado, no Maracanã. A única mudança será a entrada de Nilton na vaga do suspenso Henrique.
No treino dessa quarta-feira (6), Marcelo orientou uma atividade de bola parada, uma das armas da Raposa na Séria A, e cobrou bastante dos jogadores.
Nilton, que foi um dos artilheiros em 2013, espera repetir o feito novamente em 2014. O jogador já marcou duas vezes no Brasileirão desse ano, ambas de cabeça, contra Bahia e Atlético-PR.
“Espero voltar a fazer gols. O volante tem primeiramente de cumprir a função dele, que é marcar, dar suporte ao pessoal da frente. Mas sempre que tiver uma oportunidade para surpreender, como os zagueiros vêm fazendo, os volantes também podem ajudar”, avisa o camisa 19.