(Luiz Costa)
Líder isolado, time com maior número de vitórias, dono do melhor ataque. As marcas do Cruzeiro na Séria A do Brasileirão deste ano são inquestionáveis e a China Azul não cansa de destacá-las. O poderio ofensivo do pelotão de frente é um diferencial da equipe. O Cruzeiro já balançou as redes 28 vezes em 12 jogos, média superior a dois por partida.
Na era dos pontos corridos, somente o time campeão em 2003 tinha desempenho superior ao do atual após 12 rodadas. Naquela oportunidade, a Raposa tinha comemorado 29 gols e liderava o certame com 24 pontos, mesma pontuação da campanha do ano passado e quatro a menos do que a de 2014.
A boa atuação faz os torcedores apostarem em mais um título. Ainda mais depois da goleada sobre o Figueirense por 5 a 0, no último sábado, no Mineirão. Os cinco gols sobre os catarinenses confirmam a superioridade dos celestes em relação aos demais adversários.
Pés no chão
O início empolgante, no entanto, não envolve o técnico Marcelo Oliveira. O comandante cruzeirense prefere ignorar a superação de boas campanhas feitas em anos anteriores. “A gente não está pensando no que passou, pensando em time que está indo muito bem e tem números bons. Vamos encontrar adversários muito difíceis. Não podemos nos sentir confortáveis. Não é momento de euforia. É momento de fazer uma semana melhor que essa”, destaca.
E a dedicação para seguir com um bom resultado é fundamental, na avaliação do técnico, que pede para que cada partida seja encarada como decisiva. "Temos de focar e mirar num objetivo maior, independentemente do que acontecer com nossos adversários. Temos de fazer do próximo jogo o mais importante. A final agora é o jogo do Botafogo. Vamos nos preparar, estudar o adversário e tentar impor nosso jogo, sustentar a primeira colocação. Se fizermos a pontuação do ano passado, ótimo. Mas é jogo a jogo, somando pontos”, completa Marcelo.
Para o meia Éverton Ribeiro, o Cruzeiro precisa manter o ritmo para não ser pego de surpresa pelos adversários. “É assim que temos que continuar, pensando jogo a jogo, respeitando todos, mas impondo nosso ritmo”, considera o meia.
Volta de Willian acirra disputa por vaga no ataque
“Nada é tão bom que não possa ser melhorado”, já dizia o velho ditado. Se os ventos já andam favoráveis pelos lados da Toca da Raposa, a tendência é a de que o técnico Marcelo Oliveira tenha ainda mais motivos para celebrar.
Na liderança isolada do Campeonato Brasileiro com 28 pontos, o comandante cruzeirense pode ter um reforço mais do que importante no compromisso contra o Botafogo, no próximo sábado, às 18h30, no Maracanã, pela 13ª rodada. Trata-se do atacante Willian, que selou, no último sábado, a permanência em definitivo no clube estrelado nos próximos quatro anos.
O Cruzeiro aguarda a documentação do jogador chegar da Ucrânia para registrar o novo contrato na CBF. Como a partida é apenas no sábado, a tendência é a de que o “bigode” não seja problema contra o alvinegro carioca.
Willian já vinha treinando normalmente com a equipe desde o início do imbróglio.
Concorrência
A volta do camisa 25 serve para alimentar ainda mais a concorrência no ataque. Atualmente, o dono da posição é Marquinhos, que foi um dos destaques nas vitórias sobre Palmeiras e Figueirense.
Porém, na cola dele, além de Willian, aparecem Dagoberto, autor de um dos gols sobre o Figueirense, e o jovem Alisson, recuperado de lesão.
Outro que pode reforçar a equipe contra o Botafogo é o volante Nilton, livre de uma entorse no joelho direito.