Cruzeiro supera dificuldades, bate o Atlético-PR e dispara na liderança

Menos um rival direto na disputa pelo título. Com grande determinação, o Cruzeiro ultrapassou o bom posicionamento do Atlético-PR e saiu do Mineirão, na noite deste sábado (14), com uma vitória pelo placar mínimo, sua sétima consecutiva, diga-se de passagem. O resultado até que poderia ter sido mais dilatado, não fosse a confusão da arbitragem, que de forma indecisa anulou um gol legítimo da Raposa, ainda na primeira etapa. Coisas do futebol. O que fica é a quebra da sequência de 13 jogos de invencibilidade dos paranaenses e a força da equipe celeste frente a um adversário de qualidade.   Com o triunfo, o Cruzeiro chegou aos 46 pontos, abrindo sete de diferença para o segundo colocado, Botafogo. Essa liderança folgada poderá ser mantida se o clube carioca não vencer o Santos, na Vila Belmiro, neste domingo (15), e o Atlético não for derrotado pelo Grêmio, no Olímpico. O tricolor gaúcho ocupa o terceiro posto na tabela, com 37 pontos.    A Raposa terá sua segunda “decisão” já na próxima quarta-feira (18), quando recebe o Botafogo, atual vice-líder da peleja, às 21h50, no Mineirão. O Furacão também tem um desafio complicado na próxima rodada, uma vez que pega o Flamengo, na quinta-feira (19), às 19h30, em embate que será realizado no Maracanã.    Apito confuso   Como era de se esperar, Cruzeiro e Atlético-PR protagonizaram um primeiro tempo cheio de tensão. Apesar de terem dois dos times que melhor tratam a bola no campeonato, as equipes se anularam, fazendo com que nenhuma grande jogada fosse criada até os 20 minutos de jogo, não por falta de qualidade, mas por excesso de combatividade.   O Atlético-PR tinha por mérito as linhas recuadas e bem distribuídas, o que dificultava as tramas envolventes da Raposa, uma das características mais marcantes da equipe nesta temporada. Para tentar ultrapassar a compacta defesa rubro-negra, o Cruzeiro dependia da boa visão de jogo de Ricardo Goulart e as rápidas investidas de Everton Ribeiro, mas as oportunidades eram escassas.   Quando ocorreram, foram bem exploradas. Aos 34 minutos, por exemplo, Goulart recebeu a bola ainda na metade do campo e viu Mayke penetrar entre a defesa rubro-negra. Com lançamento primoroso, o meia-atacante deixou o lateral de frente para o crime. O placar só não foi alterado naquele momento porque Weverton saiu nos pés do ala, mandando a bola para escanteio. Na cobrança do tiro esquinado, Willian achou Nilton sem marcação no miolo da área adversária e o volante chutou no canto rasteiro para abrir o marcador. 1 a 0.  

Nilton aproveitou cruzamento para mandar a bola para o barbante (Foto: Carlos Roberto) Logo na saída de bola, o Cruzeiro conseguiu vazar novamente a defesa rubro-negra, quando uma bola espirrada na intermediária sobrou para Ricardo Goulart. Livre, o meia-atacante mostrou seu talento e balançou a rede ao encobrir Weverton. Seria um golaço, porém, não valeu, já que no início da jogada a bandeirinha Katiuscia Berger Mendonça levantou a “flanela” de forma indecisa. A falta de atitude da auxiliar atrapalhou o árbitro Raphael Claus, que confiou nela e invalidou o tento legítimo.    No final das contas, a Raposa poderia até mesmo ter descido para o vestiário com uma grande vantagem. Porém, a indecisão de quem teria que ser precisa deixou o jogo “em aberto” para o segundo tempo.   Intenso   O Cruzeiro não queria saber de segurar a vantagem parcial. Na volta dos vestiários, o time mostrou que queria “matar” de vez a partida e foi para cima do adversário. Os dez primeiros minutos trouxeram três boas oportunidades. Aos 20 segundos, Ricardo Goulart já tinha obrigado Weverton a trabalhar após chutar com força de fora da área. O arqueiro também salvou na jogada seguinte, quando fez uma defesa milagrosa após cabeçada de Nilton. Na décima volta do relógio, o gol só não saiu porque Manoel afastou cruzamento antes que a bola chegasse aos pés de Borges.   O Atlético-PR, por sua vez, até que mostrou bom volume de jogo na etapa complementar, deixando de lado a postura defensiva, que explora os contra-golpes, para ter mais presença ofensiva. Porém, quase sempre, parava na defesa celeste, que neste sábado virou quase que uma barreira. Quando ultrapassada era com chutes de longe, como a “paulada” que Léo acertou aos 34 minutos. Fábio comemorou que a bola não foi precisa em direção à sua meta.   O segundo tempo foi pegado, intenso, com um grande desgaste pelos dois lados. Porém, para a alegria da torcida celeste, a Raposa soube dominar a partida e acabou com a série de 13 partidas sem derrota do adversário. Era uma vitória para se comemorar. E muito. Mais que os três pontos, os comandados de Marcelo Oliveira fizeram valer sua força contra uma equipe que é uma das que melhor sabem se posicionar neste Brasileirão.      FICHA TÉCNICA   CRUZEIRO 1 X 0 ATLÉTICO-PR   CRUZEIRO: Fábio; Mayke, Dedé, Bruno Rodrigo, Egídio; Nilton, Lucas Silva, Everton Ribeiro (Alisson), Ricardo Goulart; Willian (Lucca) e Borges (Júlio Baptista). Técnico: Marcelo Oliveira   ATLÉTICO-PR: Weverton; Léo, Manoel, Luiz Alberto, Maranhão; Deivid (Felipe), Bruno Silva, João Paulo, Everton; Marcelo (De la Torre) e Ederson (Roger). Técnico: Vagner Mancini   Gol: Nilton (aos 35' do 1º tempo) Motivo: Jogo válido pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro  Data: 14 de setembro de 2013 Estádio: Mineirão Cidade: Belo Horizonte Árbitro: Raphael Claus (SP) Árbitros assistentes: Marcelo Van Gasse (SP) e Katiuscia Berger Mendonça (ES) Árbitros assistentes adicionais: Elmo Alves Resende Cunha (GO) e Wales Martins de Souza (DF) Público: 30.339 pagantes Renda: R$ 1.329.370,00 Cartões amarelos: Everton Ribeiro (Cruzeiro); Deivid, Weverton e Maranhão (Atlético-PR)