(Ivan Amorin/CBV e Ricardo Bastos/Hoje em Dia)
O grande desafio do Sada/Cruzeiro na busca pelo bicampeonato da Superliga Masculina de Vôlei, neste domingo (13), às 10 horas, no Mineirinho, é conseguir parar a principal arma do Sesi-SP: o central Lucão, um dos jogadores mais completos da atualidade. O gigante de 2,10 metros foi o carrasco do time na final da temporada passada, quando ainda defendia o RJX, hoje RJ Vôlei.
Ele é mesmo diferenciado. O jogador da seleção brasileira foi campeão na última edição da competição nacional, no Maracanãzinho. Ao todo, soma quatro títulos brasileiros. Os outros três foram conquistados quando defendia a extinta Cimed (Florianópolis).
Um dos mais altos atletas da Superliga, Lucão faz bem o seu papel: ajuda o time a ter a melhor marca no bloqueio e ainda figura entre os quatro melhores sacadores. Por isso, a tarefa é árdua para a equipe estrelada, que necessita de um bom esquema tático para não enfrentar esse “paredão”.
Uma das vantagens apontadas por ele mesmo a favor dos mineiros é o fato de o Cruzeiro ter enfrentado menos problemas físicos na temporada. “Nós sofremos com lesões, e eles não. Além disso, têm uma base de muitos anos. Estão juntos há mais tempo e têm um entrosamento muito bom. Mas sabemos que final é um jogo só, e vamos para cima para buscar esse título”, argumenta Lucão.
Já a “bagagem” do central em decisões pode ser útil para levar o Sesi ao segundo título brasileiro. “Temos uma equipe com jogadores experientes em finais, não só pela Superliga, como em competições internacionais, com a seleção. E sei que vamos estar bem preparados para esse importante jogo. Cada um sabe o que tem que fazer e acredito que não vamos ter tantos problemas em relação a isso”, destaca o jogador.
Reforçado
Em contrapartida ao melhor bloqueio da competição, o Cruzeiro mostra, por meio dos números, que dará muito trabalho nos demais fundamentos. A equipe mineira tem jogadores figurando nos primeiros lugares do ranking na defesa, no levantamento e na recepção.
O bloqueio do clube mineiro é o ponto fraco sim. E, até pouco tempo, o time tinha sérias dificuldades com a qualidade dos centrais. Para esta temporada, porém, investiu na posição, contratando o renomado Éder, também da seleção brasileira, e o jovem Isac, outro que tem sido lembrado por Bernardinho. Além disso, Douglas Cordeiro permanece.
Agora destaque do Cruzeiro, Éder defendeu o Sesi, na edição passada da Superliga, e garante que a tática para enfrentar o “paredão inimigo” é o volume de jogo. “Estamos intensificando o trabalho no ataque um contra um e pelas pontas. Isso dificulta o trabalho de quem tem um bloqueio grande. Além de Sidão e Lucão, o Murilo também bloqueia muito bem. Estamos atentos”, afirma ele, que também fez parte da Cimed, na qual sagrou-se tetracampeão da Superliga.