Diferente do português, jogador ressaltou dificuldade na 'comunicação' entre os dois
Destaque nos últimos jogos, Nikão fala de relação com o ex-técnico Pepa (Montagem / Foto: Staff Images Cruzeiro)
Destaque na goleada de 3 a 0 do Cruzeiro contra o Santos, na rodada 23 do Brasileirão, Nikão falou pela primeira vez sobre a relação com o ex-técnico Pepa. Sem espaço com o treinador português, o meia chegou a ficar seis rodadas fora da lista dos relacionados da equipe celeste.
Na época, a explicação do clube foi que o jogador buscava uma oportunidade fora do time estrelado e para não atingir o limite de sete jogos, a comissão técnica foi orientada a deixá-lo de fora até a proximidade do fechamento da janela de transferências do meio do ano.
Ao contrário do português, que afirmou não ter tido atritos com nenhum atleta celeste em entrevisa recente, incluindo Nikão, o meia afirmou que havia um distanciamento com o ex-comandante.
“A gente tinha uma certa distância, isso é inegável e visível para todos, mas antes dele sair eu pude conversar com ele. É um bom profissional, um cara que tentou e buscou fazer o seu melhor, como eu também busco. Às vezes a gente acerta, às vezes a gente erra, nós somos seres humanos”, declarou o meia em entrevista à Globo Minas.
Com a saída do português, o meio-campista viu uma nova possibilidade surgir na Raposa. Antes mesmo do acerto com Zé Ricadro, o meio-campista já contava com o apoio de Paulo Autori, com quem trabalhou no Athletico-PR. Paulo é considerado por Nikão, como um "pai no meio do futebol" capaz de "dar uma aula de vida" com apenas dez minutos de conversa.
Com o pai e um estrategista no comando, o jogador voltou a acreditar no potencial que o fez chegar ao time de coração. Logo na estreia de Zé Ricardo na Raposa, o jogador entrou no decorrer do duelo contra o Peixe e mudou a cara do time, dando uma assistência e marcando o terceiro e último gol do Cruzeiro.
“Para mim, mudou completamente. Eu vim de um treinador em que eu tinha uma certa distância, mas chega o Zé, que tem uma característica que, para mim, é mais importante em um treinador: a gestão de grupo.", disse o jogador.
Além disso, Nikão desabafou sobre o momento conturbado que viveu com a camisa celeste e relembrou de suas origens no futebol. “Eu sei quem eu sou, de onde eu saí. O Nikão tem uma história. Não caí aqui de paraquedas, ninguém me colocou aqui. Tenho uma história para trás”, concluiu o atleta.
Para a partida contra o Fluminense, quarta-feira (20), às 21h30, no Maracanã, Nikão pode ser novamente acionado por Zé Ricardo e até ser um dos escolhidos para iniciar o confronto. A princípio, a disputa pela vaga entre os onze é com Mateus Vital, que vem em baixa na Raposa.
*Estagiário sob supervisão de Paulo Duarte
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