(Lucas Prates)
“Gol”. Nenhuma torcida gritou tanto esta palavra neste Brasileiro como a China Azul. Foram 74 vezes em 35 jogos, performance que contribuiu para o título antecipado do Cruzeiro. Durante a campanha vitoriosa, os jogadores enalteceram a força do grupo, em vez de valorizar marcas pessoais. Com a taça em lugar reservado na Toca II, não seria pecado partir em busca da artilharia.
O poderio ofensivo da Raposa foi democrático neste Brasileirão. Do time titular, apenas os laterais Ceará e Egídio não mandaram a bola na rede, além do goleiro Fábio. Nas últimas rodadas, Borges e Ricardo Goulart assumiram a ponta, com dez gols cada.
A três jogos para o fim da competição, dificilmente eles alcançariam Éderson, do Atlético-PR, com 17. No entanto, têm a chance de gravar o nome na história do clube como o goleador do tricampeonato.
Aos 33 anos, Borges conhece bem o caminho do gol. Por onde passou, notabilizou-se pelo faro de matador, tendo sido o goleador maior do Brasileiro de 2011. Vestindo a camisa do Santos, fez 23. Neste ano, além dos dez que marcou na Série A, anotou mais nove: sete no Mineiro, do qual foi artilheiro, e dois na Copa do Brasil.
Embora seja um meia de origem, Ricardo Goulart, de 22 anos, também está acostumado a alegrar a torcida. Em 2012, no Goiás, foi o principal artilheiro da equipe, com 25 gols, divididos entre Série B (12), Campeonato Goiano (nove) e Copa do Brasil (dois). Nesta temporada, também marcou no Mineiro (três) e Copa do Brasil (um).
Artilheiro do Cruzeiro na Taça Brasil de 1966, primeiro título nacional do clube, com sete gols, deixando para trás craques como Tostão e Dirceu Lopes, o ex-atacante Evaldo dá seu palpite em relação à disputa deste ano. “O artilheiro de origem é o Borges. Aposto e, aliás, torço por ele”, disse.