(André Brant)
Durante os treinos na Toca II, uma voz se destaca em meio aos jogadores do Cruzeiro. Quer seja para “puxar” as brincadeiras ou no momento de orientar a marcação, Dedé se faz ouvir. Já seu companheiro de zaga, Bruno Rodrigo, chama a atenção pelo comportamento oposto: fala pouco e baixo. Nada que comprometa o desempenho em campo.
Contratado no início de 2013, após três anos no Santos, Bruno Rodrigo chegou à Raposa ao seu modo. Sem fazer barulho, no melhor estilo mineiro, o paulista de Andradina garantiu o espaço na zaga estrelada. Foi titular durante toda a temporada, manteve a regularidade, mesmo nos momentos em que a defesa oscilou.
Ele é mais um trunfo para Copa Libertadores, título que conquistou com o Peixe, em 2011. “Vários atletas jogaram a Libertadores, e eu tive a oportunidade de vencer. Cada jogo tem que ser encarado como uma final, mas temos um grupo experiente, que precisa estar preparado para todas as situações”, alerta o zagueiro.
Apesar da diferença de comportamento, a dupla de zaga mostra que se entende muito bem em campo. Prova disso é que o “falante” Dedé está disposto a ouvir o que tem a dizer o “tímido” Bruno Rodrigo, para que o time atinja seu objetivo. “Temos que aprender com quem já jogou a competição (Libertadores), pegar a experiência que cada um tem a passar para o grupo”, diz.
Não é só para se dar bem no torneio continental que o camisa 26 conta com a colaboração dos colegas. Um sonho pessoal também pode ser alcançado com o apoio dos demais cruzeirenses. “A Copa do Mundo é meu maior objetivo, meu sonho, a vontade é imensa. Estou focado no que estou querendo e, com a ajuda dos companheiros, da comissão técnica, vou com fé para que tenha essa oportunidade”, comenta Dedé.
Preparação
O técnico Marcelo Oliveira encerra nesta sexta (31) a semana da Caldense, adversário de amanhã, às 19h30, no estádio Ronaldão, em Poços de Caldas. Como teve muitos dias para treinar, pôde trabalhar situações que espera encontrar no Sul de Minas.
No coletivo de ontem, cobrou bastante atenção dos atacantes e meias na saída de bola, deixando evidente que não quer ver o time retraído, mesmo jogando no território inimigo. “Não pode cansar não. Ali dentro da arena, o ‘bicho pega’. Se não correr, o adversário nos atropela”, comenta o meia Ricardo Goulart.
Nesta tarde, Marcelo comanda a última atividade, mas a equipe será a mesma da estreia no Estadual: Fábio; Ceará, Dedé, Bruno Rodrigo e Egídio; Lucas Silva, Souza, Ricardo Goulart e Éverton Ribeiro; Borges e Dagoberto.