(Vinnicius Silva/Cruzeiro)
A Justiça determinou a quebra de sigilo bancário e de dados digitais de integrantes de ex-diretores do Cruzeiro. A informação foi antecipada pelo Jornal O Tempo.
Estão na lista da Justiça o ex-presidente Wagner Pires de Sá, o ex-vice-presidente de futebol Itair Machado e o ex-diretor-geral Sérgio Nonato. Zezé Perrella, antigo presidente do Conselho Delibertativo do clube, também poderá sofrer o mesmo procedimento judicial. Vinnicius Silva/Cruzeiro
A diretoria anterior, que comandou o Cruzeiro entre 2017 e 2019, é investigada pela Polícia Civil por diversos crimes, como falsidade ideológica, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro. O clube também é acusado de realizar transações irregulares.
A Polícia Civil e o Ministério Público já tiveram acesso a e-mails trocados com mensagens e documentos referentes à administração de Wagner Pires de Sá no Cruzeiro. As investigações analisam ainda contratos com empresários e jogadores.
Investigações avançadas
De acordo com o promotor Daniel de Sá, responsável pela 11ª promotoria de combate ao crime organizado e investigação criminal do Ministério Público de Minas Gerais, as investigações contra os dirigentes do clube estão adiantadas, mas ainda não é possível dizer quando o processo será concluído.
“A investigação vem avançando de forma satisfatória, alguns pontos já estão bastante evoluídos, e outros pontos precisam de mais apuração. A gente está confiante de que vai conseguir fazer uma boa apuração em relação a esses fatos e dar resposta, como eu disse, responsabilizando aqueles fatos que realmente tiverem sido praticados de forma criminosa e responsabilizando as pessoas envolvidas, sejam elas quem forem para coibir e reprimir eventuais práticas criminosas dentro da administração e da gestão do Cruzeiro Esporte Clube”, destacou o promotor em entrevista no dia 15 de janeiro.
Na semana passada, integrantes do Núcleo Dirigente Transitório do Cruzeiro se reuniram com o promotor Daniel de Sá e o delegado Daniel Xavier, da Polícia Civil.
O encontro, que aconteceu na Sede do Ministério Público de Minas Gerais, teve como objetivo atualizar as informações sobre o andamento dos processos que investigam problemas administrativos na gestão de Wagner Pires de Sá.