Garotos criados na Toquinha querem ganhar a América no Cruzeiro

Rodrigo Rodrigues - Hoje em Dia
30/01/2014 às 08:33.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:41
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

Até pouco tempo atrás, o universo deles se resumia à Toquinha. Treinos, jogos, moradia e até mesmo a escola. Tudo acontecia ali, no centro de treinamento destinado à categoria de base do Cruzeiro. A vida deu um giro e, nessas voltas que o mundo da bola costuma promover, os meninos “cresceram” e vivem agora a expectativa de alçar o voo mais alto da carreira.

Nesse caso, não se trata de mera analogia aos 3.259 metros de altitude de Huancayo, cidade peruana que receberá a Raposa, na estreia da Copa Libertadores, no dia 12. Mais do que isso, é a realização de quem chegou criança ao clube e terá a oportunidade de defendê-lo na competição mais importante do continente.

“Tem um gostinho diferente. Todo jogador sonha disputar a Libertadores, torneio que sempre acompanhei. Fico feliz por estar no Cruzeiro com apenas 20 anos e disputar (posição) com grandes artilheiros. É preciso ter a cabeça no lugar, os pés no chão. Estou me preparando para ajudar quando for escolhido”, diz o atacante Vinícius Araújo, desde os 14 anos na Raposa.

O jogador subiu em 2013 e é apenas mais um da safra que o clube revelou nos últimos anos. O atual grupo possui 33 jogadores, sendo 11 formados em casa. Além de Vinícius Araújo, fazem parte dessa lista Mayke, 21 anos (lateral-direito), Wallace, 19 (zagueiro), Lucas Silva, 20 (volante), Alisson, 20, e Elber, 21 (meia). Este ano, foram incorporados ao grupo profissional Alan, 19 (goleiro), Alex, 20 (zagueiro) e Eurico, 19 (volante). Fecham a turma de pratas da casa os goleiros Rafael (24) e Elisson (26).

“O Tinga costuma brincar e dizer que nós estamos formando uma ‘quadrilha’, mas temos uma amizade bacana. Chegamos aqui (no profissional) meio acanhados, mas, quando vem mais gente do júnior, ficamos felizes”, conta Vinícius Araújo.

Quase veterano

Quando o atacante subiu, no ano passado, esse papel de “anfitrião” provavelmente foi feito pelo volante Lucas Silva, promovido em 2012. “O fato de ter muitos jogadores da base facilita, porque, quando outros chegam, rapidamente se ambientam. Outra coisa boa é a receptividade dos mais experientes, que nos ‘abraçam’”, comenta o volante.

Lucas Silva assumiu de vez um lugar no meio-campo na campanha do tricampeonato brasileiro. Agora, o próximo passo é repetir as boas atuações no torneio sul-americano. “A expectativa está sendo muito boa para chegar à primeira Libertadores e fazer bonito, como fiz no Brasileiro, quando conquistei a confiança Marcelo (Oliveira, treinador) e da torcida”, sonha o jovem. 

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