O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) prorrogou até julho de 2014 e agravou a medida educativa em vigor que proíbe as torcidas organizadas do Cruzeiro - Máfia Azul e Pavilhão Independente - de entrar em qualquer estádio no território nacional usando vestimentas que identifiquem os dois grupos.
Além de camisas, uniformes e bandanas, os integrantes também estão impedidos de portar bandeiras, instrumentos musicais, faixas, “bandeirão” e “caixote” que sejam relacionados às duas torcidas.
A torcida Pavilhão Independente, que questionou a medida, também não poderá, em dia de jogo, usar os materiais e vestimentas proibidos nos arredores dos estádios.
A decisão foi tomada durante audiência realizada na 14ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Belo Horizonte. Na audiência, foram analisadas as ocorrências do jogo Cruzeiro x Bahia, realizado no dia 1º de dezembro do ano passado. Foram lembrados ainda os atos de violência dos jogos: Cruzeiro x Flamengo, Cruzeiro x São Paulo e Atlético x Cruzeiro, todos do Campeonato Brasileiro de 2013.
O Ministério Público já havia proibido instrumentos que pudessem divulgar a torcida e, dessa maneira, fomentar, mesmo que de forma indireta, a violência. Mas, diante das ocorrências flagradas nesses jogos, decidiu pela prorrogação da medida.
A Polícia Militar será responsável pela fiscalização e pelo envio de relatório ao MPMG, que, caso seja necessário, poderá pedir a extinção judicial da torcida organizada.