Clube afirma que medida é injusta e quebra o princípio da isonomia, citando jogo de ida com presença de cruzeirenses em São Paulo
(Cesar Greco)
O Palmeiras se manifestou, neste sábado (30), contra a recomendação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) de realizar o confronto com o Cruzeiro, marcado para quarta-feira (4), sem a presença de torcedores visitantes. A partida, válida pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro, será disputada no Mineirão, em Belo Horizonte, e a sugestão do MPMG tem como base a violência envolvendo as torcidas organizadas das duas equipes no mês passado.
No final de outubro, uma emboscada promovida pela Mancha Alviverde contra a Máfia Azul resultou na morte de um cruzeirense e deixou outros 17 feridos. A tragédia motivou a recomendação do órgão público para que o clássico mineiro não conte com a presença de torcedores visitantes. O Palmeiras, no entanto, se posicionou contra a medida, defendendo que, no dia 19 deste mês, já havia solicitado à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a presença de sua torcida no Mineirão.
O clube paulista criticou a decisão do MPMG e afirmou que, caso a recomendação seja acatada, a medida não será isonômica, pois em agosto deste ano, no jogo de ida entre as duas equipes, o Allianz Parque, em São Paulo, contou com a presença de torcedores cruzeirenses. O Verdão destacou que a igualdade entre as partes precisa ser respeitada, principalmente após o ocorrido em Belo Horizonte.
Além disso, o Palmeiras ressaltou que o clube sequer entrou em campo no dia da emboscada, em 27 de outubro, refutando qualquer envolvimento com a violência entre as torcidas. Por fim, a equipe paulista reafirmou seu compromisso com a segurança, mas deixou claro que não concorda com a punição coletiva imposta aos seus torcedores.
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