Gestor da SAF do Cruzeiro afirma que negociação foi dentro da lei e relembra caso de 2022 envolvendo o atacante hoje no Palmeiras
Gestor da SAF citou a saída de Vitor Roque da Toca da Raposa II (Reprodução: TV Cruzeiro)
O gestor da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Cruzeiro, Pedro Lourenço, respondeu nesta quarta-feira (3) às críticas do Athletico-PR sobre a saída do lateral-direito Kauã Moraes, de 18 anos. Durante a apresentação do jogador na Toca da Raposa II, em Belo Horizonte, ele destacou que o clube mineiro apenas exerceu um direito previsto em contrato.
De acordo com o dirigente, o Cruzeiro depositou mais de R$ 10 milhões referentes à multa rescisória de Kauã e registrou o atleta. “Nós não tiramos, não roubamos nada de ninguém. Acreditamos e pagamos por ele. Não temos que explicar ou falar nada. Isso é direito, é legal e já foi feito isso com a gente também”, declarou Pedro Lourenço.
A manifestação ocorreu após o Athletico-PR publicar, na última segunda-feira (1º), uma nota oficial em que acusava o Cruzeiro de postura desleal na negociação. O clube paranaense alegou que estava em tratativas avançadas para renovar com o jogador e foi surpreendido pela decisão do atleta de se transferir para Belo Horizonte.
Kauã Moraes assinou contrato até agosto de 2030 e é o quarto reforço confirmado pelo Cruzeiro nesta janela de transferências. Antes dele, chegaram o colombiano Luis Sinisterra, o atacante Keny Arroyo e o volante Ryan Guilherme.
Na atual temporada, o lateral atuou em 16 partidas pelo time profissional do Athletico-PR, sendo titular em 15 delas. Ele marcou dois gols e distribuiu uma assistência, além de já ter feito parte do elenco sub-20 do Furacão, onde disputou 14 jogos e anotou três gols.
Natural de São Paulo e apelidado de “Careca”, o jogador tem passagem pelas categorias de base do Palmeiras, onde atuou do sub-15 ao sub-20. Ele integrou a mesma geração de nomes como Endrick, Estêvão e Luis Guilherme.
A negociação que levou Kauã ao Cruzeiro foi conduzida por Joaquim Pinto, chefe do scout, e Rodrigo Pelaipe, observador da SAF celeste. Ambos foram responsáveis pelo contato com o estafe do jogador e pelos trâmites que resultaram no depósito da multa.
A operação remete a 2022, quando o Athletico-PR pagou cerca de R$ 24 milhões para contratar Vitor Roque, então destaque das categorias de base do Cruzeiro. O caso gerou disputa judicial entre os clubes, e o processo ainda tramita na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD).
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