Ronaldo Granata promete colocar ponto final na história cruzeirense nesta quarta-feira

Alexandre Simões e Guilherme Piu
17/12/2019 às 21:16.
Atualizado em 05/09/2021 às 23:04
 (Riva Moreira)

(Riva Moreira)

O segundo vice-presidente do Cruzeiro, Ronaldo Granata, que não aceita um acordo para renunciar ao cargo e permitir realização de novas eleições, não só para a diretoria do clube, mas também para o Conselho Deliberativo, promete um ponto final na história nesta quarta-feira (18).

Em contato com a reportagem do Hoje em Dia, na noite desta terça-feira, ele assegurou: "minha assessoria está marcando uma entrevista coletiva para amanhã e vou colocar um ponto final nesta bandalheira que se transformou o Cruzeiro".Riva Moreira 

Centenas de torcedores protestaram nesta terça-feira (17) pela renúncia de Granata


A possibilidade mais provável com a saída de Wagner Pires de Sá seria a formação de uma espécie de Conselho Gestor, com a presença de alguns conselheiros influentes do clube, como Pedro Lourenço e Emílio Brandi. Granata garante que não fará parte deste grupo. Questionado se este ponto final seria renunciar à vice-presidência do clube, Granata voltou a afirmar: "será um ponto final".

Este ponto final deve ser mesmo a renúncia à vice-presidência, coisa que nos bastidores do clube já é dada como certa por Wagner Pires de Sá, mandatário maior do clube, e seu primeiro vice, Hermínio Lemos.

Inclusive, a tendência é que Granata aceite a renúncia apenas se os dois também o fizerem. O que pesou na decisão dos três é a forte pressão, não só dentro do Conselho Deliberativo, mas principalmente da torcida, que na noite desta terça-feira fez protesto em frente a sede da rua Timbiras e depois foi à casa de dirigentes.

Ronaldo Granata é contrário à gestão de Wagner Pires de Sá antes mesmo do seu início. Logo após a eleição ele se mostrou contrário a várias ações, principalmente de Sérgio Nonato, ex-direitor geral, e Itair Machado, ex-vice-presidente de futebol. A relação com o comando cruzeirense ficou tão difícil, que ele perdeu até mesmo a vaga de garagem que tinha direito na sede administrativa do Barro Preto.

Por não ter participado de nenhuma das irregularides que estão sendo investigadas pelas Polícias Federal e Civil e pelo Ministério Público de Minas Gerais, Granata entende que não havia motivo para ele renunicar e muito menos para ser afastado em votação pelo Conselho Deliberativo, pois não cometeu nenhuma irregularidade no comando do clube.

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