Vice-governador de Minas critica decisão da CBF, defende torcida única e anuncia medida
Mateus Simões questiona postura da Confederação Brasileira de Futebol em partida entre Cruzeiro e Palmeiras, com portões fechados
(Valéria Marques / Hoje em Dia)
O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), criticou a decisão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de realizar a partida entre Cruzeiro e Palmeiras, na próxima quarta-feira (4), às 21h30, no Mineirão, com portões fechados e sem a presença de torcedores. Ele falou sobre judicializar contra a medida adotada pela entidade do futebol.
Para Simões, a medida, além de prejudicar os fãs do time mineiro, não resolve o problema da violência nos estádios, que, segundo ele, está ligada às torcidas organizadas.
Simões lembrou que o governo de Minas tem se antecipado em relação a questões de segurança nos jogos, afirmando que a polícia do estado tem plena capacidade de garantir a segurança dentro do Mineirão. No entanto, o vice-governador alertou para o risco de confrontos envolvendo torcedores do Palmeiras fora do estádio, especialmente após o incidente que resultou na morte de um cruzeirense em São Paulo, há cerca de um mês.
A recomendação do governo mineiro é de que a CBF permita a presença de uma única torcida no estádio, como já foi feito em outras ocasiões em resposta à violência entre torcidas organizadas.
“O que nós estamos recomendando, especialmente em virtude da morte do cruzeirense há pouco mais de um mês atrás no Estado de São Paulo, é que a gente tivesse torcida única dentro do estádio. Torcida única que já aconteceu em vários momentos e por ordem da própria CBF”, declarou em áudio enviado ao jornal Hoje em Dia.
Simões questionou a postura da CBF, que, segundo ele, não trata o problema de maneira justa, adotando medidas diferentes para torcidas em situações semelhantes.
O vice-governador também fez críticas à postura do Palmeiras, que sugeriu que Minas Gerais não teria condições de garantir a segurança no estádio. Para Simões, isso é um equívoco, pois as autoridades locais têm lidado de forma eficaz com questões de segurança, sem necessidade de fechamentos de portões.
“Nós não temos nenhuma dúvida sobre as condições de segurança do Mineirão e a nossa polícia é absolutamente capaz de garantir a segurança dentro do estádio”, completou.
Por fim, o vice-governador ressaltou a necessidade de uma reflexão sobre a atuação das torcidas organizadas no Brasil. Para ele, é urgente que o país repense a violência no futebol e busque medidas mais efetivas para combater esse problema, antes que a situação se normalize como parte da cultura do esporte.
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