Daniel Alves diz que decisão de Rafinha de negar seleção tem de ser "respeitada"

Estadão Conteúdo
05/10/2015 às 16:47.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:57
 (Rafael Ribeiro)

(Rafael Ribeiro)

Daniel Alves só foi chamado para defender a seleção brasileira neste início de Eliminatórias porque Rafinha, que havia sido convocado, pediu dispensa. Abriu, assim, uma brecha para que o jogador do Barcelona fosse chamado em cima da hora. E nesta segunda-feira, ao chegar a Santiago, palco do jogo contra o Chile, nesta quinta, Daniel elogiou o jogador do Bayern de Munique. Disse é que preciso tirar o chapéu para ele, por ter tido a coragem de fazer o que entendeu que deveria.

"Cada um sabe de sua vida. Ele tem de compreendido e elogiado. A decisão foi essa, temos de respeitar. Você tem de respeitar quando não é convocado e ser respeitado quando toma a decisão de não vir", disse o jogador. Daniel Alves enfatizou que não é por negar a seleção brasileira - Rafinha pretende jogar pela seleção alemã, o que é improvável, pois a Fifa não deverá autorizar -, que o lateral do Bayern de Munique deixará de ser um grande
jogador.

Sobre o fato de ter sido novamente chamado para substituir alguém, e praticamente às vésperas da partida, como ocorreu na Copa América - naquela ocasião, Danilo foi cortado por estar machucado e ele chegou no dia do embarque do grupo para o Chile -, Daniel disse, sorrindo: "Não é o melhor, mas é o que temos. O importante é que sempre venho para a seleção disposto a fazer o melhor e com a mesma motivação das primeiras vezes em que fui chamado".

Daniel Alves compactua com os que entendem que a briga pelas vagas na Copa de 2018 vai ser bastante complicada, mas avisa que o Brasil estará preparado. "É a Eliminatória mais difícil no mundo, a classificação mais difícil, mas tenho certeza de que, apesar da desconfiança, o grupo vai dar uma resposta positiva", garantiu.

O jogador do Barcelona já tem experiência de Eliminatórias, pois participou da disputa pelas vagas da Copa de 2010, realizada na África do Sul, e assegura que são bem mais duras do que jogar a Liga dos Campeões da Europa, por exemplo. "É muito além do diferente, pelas circunstâncias, pela viagem, por tudo. Se torna um pouco mais difícil, mas o grupo está desejando que comece tudo isso".

Estrear contra o Chile, seleção que ele reconhece estar em boa fase, não é um problema para Daniel Alves. "Não considero azar, pois em algum momento teríamos de enfrentá-los. E cada jogo são circunstâncias diferentes. Pela confiança que eles estão no momento, pela qualidade que têm, serão jogos duros", disse o lateral. "Mas o passado só serve se você for o melhor no presente".

Ele até vê um lado bastante positivo em ter os campeões da Copa América como adversários logo no início das Eliminatórias. "É um grande teste, porque o Chile está em seu melhor momento e enfrentar um time assim é legal para a gente ver como está o nosso nível".

Mas Daniel Alves acredita que, contra o Brasil, por melhor que uma seleção esteja, não pode entrar em campo se julgando favorita. "Não acredito que, quando o jogo é contra o Brasil, uma seleção possa ser considerada mais favorita do que a seleção, independentemente do momento. Eles (o Chile) pode ter uma pequena vantagem por jogar em casa, mas isso se equilibra".

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