O atacante Danielzinho, do São Caetano, se livrou da punição máxima de seis meses pela grave lesão ao volante Ferrugem, da Ponte Preta, no duelo entre os times no último dia 10, válido pela 11.ª rodada do Campeonato Paulista. No começo da noite desta segunda-feira, ele foi absolvido pela Primeira Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP) em decisão unânime.
Como não foi expulso pelo árbitro Luiz Vanderlei Martinucho, Danielzinho foi denunciado pela Procuradoria por meio do vídeo do lance. Na disputa de bola, o atacante deu um carrinho por trás em Ferrugem, que teve uma fratura e uma ruptura nos ligamentos mediais do tornozelo. O meio-campista da Ponte passou por cirurgia e ficará afastado por seis meses dos gramados.
"Estava no meio de campo, fui de lado tentar pegar a bola. A perna dele prendeu no chão e a minha prendeu a dele. Na hora ninguém me reprimiu, tudo aconteceu normalmente. Foi uma fatalidade. Falei com ele por telefone. Eu pedi desculpas, disse que não tinha intenção de machucá-lo", afirmou Danielzinho.
A defesa do São Caetano foi baseada no depoimento do árbitro, Luiz Vanderlei Martinucho, que na oportunidade não viu o lance como jogada violenta e aplicou apenas um cartão amarelo. Além disto, o advogado João Zanforlim ressaltou a diferença entre ser maldoso e imprudente.
"O jogador enrosca o pé na grama, não podemos falar em dolo eventual. Ou é doloso ou não é. Não há pena intencional. Não é proibido dar carrinho no jogo, apenas ser punido pelo que o árbitro interpretar. Ele foi punido com amarelo em jogo, o que é justo", encerrou o defensor.
Liberado para jogar, Danielzinho seguirá tentando ajudar o São Caetano a escapar do rebaixamento do Campeonato Paulista. Ele é o artilheiro do time com seis gols e volta a campo para enfrentar o XV de Piracicaba, na próxima quarta-feira, às 19h30, no Estádio Anacleto Campanella.
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