Uma medalha é uma realidade distante, mas a seleção brasileira de ginástica rítmica não deixa de pensar alto para a disputa dos Jogos Olímpicos de 2016, que será no Rio. Com a vaga garantida após a participação no Mundial da Alemanha, em setembro passado, a equipe comandada pela técnica Camila Ferezin vem treinando em ritmo intenso e agora contará com o reforço da treinadora russa Ekaterina Pirozhkova, que desembarcou no Brasil na última semana e vai permanecer em Aracaju até o final da Olimpíada.
A ideia de trazer Ekaterina Pirozhkova ao País é por causa do estilo de treinamento de um país com enorme supremacia na ginástica rítmica. A Rússia foi campeã no conjunto e no individual nas últimas quatro edições dos Jogos Olímpicos e também o grande destaque da última edição do Mundial, com 14 medalhas.
Camila Ferezin enalteceu a importância deste trabalho em conjunto. "Desde que voltamos aos treinamentos depois do Mundial, estamos nos dedicando na criação de novos elementos nas séries e agora mostrando tudo para a Ekaterina. Assim, ela está dando alguns toques especiais no que podemos acrescentar e também auxiliando para termos mais dinamismo nos movimentos", enalteceu a treinadora brasileira, no comando do grupo desde 2011.
Ekaterina Pirozhkova também está muito satisfeita com o que as brasileiras estão fazendo visando os Jogos Olímpicos em casa. "Os treinamentos estão sendo mantidos de acordo com o programado. Neste momento inicial, estamos preparando a equipe para a próxima competição internacional aqui no Brasil, que será o Meeting (em Vitória, entre 18 e 22 de novembro). As meninas estão em boa forma física, mas algumas ainda estão em recuperação. Gostaria de expressar minha gratidão a todos os funcionários da Confederação Brasileira de Ginástica e a presidente Luciene Resende, pessoalmente, pelo cuidado e pela forma como estou sendo recebida", declarou.
Após uma semana juntas no Centro Nacional de Treinamento, em Aracaju, a técnica russa está se adaptado bem à rotina das ginastas Ana Paula Ribeiro, Beatriz Pomini, Dayane Amaral, Débora Falda, Emanuelle Lima, Francielly Machado, Jéssica Maier, Mayra Gmach e Morgana Gmach. A equipe não está tendo dificuldade na comunicação, segundo Camila Ferezin.
"A Ekaterina fala inglês. Está tranquilo porque já tivemos bastante contato com a língua russa em estágios de treinamento e em competições naquele País e também já recebemos aqui treinadoras de lá, como a Blizia Anastasia (capitã do conjunto medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012) e a própria Ekaterina. Nós sabemos falar termos técnicos da modalidade e ela também fala um pouco de português", concluiu a técnica brasileira.
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