(De)pressão pós-Copa: com reforços em xeque, Atlético tem desempenho apenas de 8º lugar

Frederico Ribeiro
Hoje em Dia - Belo Horizonte
15/10/2018 às 19:47.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:58

Ao defender a permanência de Thiago Larghi no comando do time, o volante Elias argumentou que o treinador do Atlético "remontou a equipe duas, três vezes". A última tem sido, entretanto, uma engrenagem obstruída. Um dos pontos observados pelo técnica, após tropeço perante o América, foi a baixa produtividade dos reforços pós-Copa do Mundo 2018.

O Galo perdeu peças importantes como Bremer, Otero e Roger Guedes. Repôs com oito contratações entre junho e julho. Destas, apenas duas tem contribuições diretas no fim do primeiro turno e na atual segunda metade do Brasileirão: Chará e Zé Welison. Nenhum outro teve sequência de titular ou até mesmo oportunidades para começar jogando.

Na visão de Larghi, falta a Terans, Nathan, Denilson, Leandrinho e cia. um maior poder de decidir jogos ao lado dos elementos já "veteranos" de Atlético. Faltou citar o zagueiro uruguaio Martin Rea, que sequer estreou no clube em dois meses da contratação junto ao Danubio.

"É um grupo que estava aqui e segue desempenhando um bom futebol. Mas precisamos acrescentar algo desses que chegaram. Esses que chegaram precisam também resolver jogos, mudar jogos e fazer as coisas diferentes. A maioria foi jogadores jovens que chegaram. É momento de adaptação e tudo e precisamo somar. Ser mais agressivos na frente, definir jogos e esperamos uma produtividade maior dos que chegaram", afirmou Larghi.

NÚMEROS
Vice-líder antes da parada da Copa do Mundo, com direito a três vitórias seguidas, o Atlético da França apenas campeã mundial destoa do Galo após a conquista de Mbappé, Pogba e Deschamps. Nas 12 primeiras rodadas, foram 63,8% de aproveitamento dos pontos. Rendimento este que daria o terceiro lugar atual da tabela, posição bem mais segura para ir à Libertadores 2019 direto na fase de grupos.

Com o fim do torneio mundial na Rússia, o Atlético teve duas derrotas seguidas, depois conseguiu vencer apenas seis vezes em 17 partidas, menos que as sete vitórias obtidas no pré-Copa. Neste período do retorno do Brasileirão, são apenas 45% de aproveitamento dos pontos (o que corresponderia hoje ao oitavo lugar).

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