De saída, Juvenal exalta a sua gestão no São Paulo
Figura marcante na história do São Paulo, Juvenal Juvêncio fez neste sábado um balanço altamente positivo da própria gestão. O presidente, que será substituído após eleição no próximo dia 16, não poupou palavras elogiosas a si mesmo em sua aparição na votação do Conselho Deliberativo do clube, que ajudará a eleger seu sucessor.
Juvenal partiu para o ataque e afirmou que seus feitos não são reconhecidos no clube por uma suposta antipatia da imprensa à sua pessoa. Para ele, seus oito anos na presidência foram responsáveis por uma "revolução" no Morumbi.
"Não estou triste (em sair), porque fui eficiente e capaz, embora vocês (da imprensa) não gostem que eu fale isso. Fui o presidente que transformou esse clube. Durante pelo menos 20 anos esse clube respirará uma coisa chamada Juvenal Juvêncio", bradou.
Embora tenha o trabalho na sede social reconhecido como quase perfeito até mesmo pela oposição, Juvenal perdeu força durante seu último mandato e viu crescer o movimento oposicionista capitaneado por Marco Aurélio Cunha, seu antigo aliado e ex-superintendente de futebol do clube.
A polêmica reforma do estatuto que abriu espaço para um terceiro mandato e as derrotas no futebol minaram o prestígio de Juvenal com a torcida. Ainda assim, ele confia na vitória de Carlos Miguel Aidar, candidato de sua chapa, para referendar seu trabalho.
"Saio consagrado pelo voto popular. As urnas dirão minha aprovação. Cada metro quadrado deste clube tem minha participação, a população precisa entender isso e ver o respeito que tenho destas pessoas, essa relação é legítima", disse Juvenal.
Aidar concorre com Kalil Rocha Abdalla para ser o sucessor de Juvenal. Na eleição deste sábado, o clube elege 80 novos conselheiros que se juntarão aos 155 conselheiros vitalícios para definir quem será o novo presidente pelos próximos três anos. Aidar é o favorito, mas a tendência é de uma disputa apertada. As urnas foram fechadas há poucos minutos, com mais de três mil votos.
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