(Igor Sales/Cruzeiro)
Igor Sales/Cruzeiro
Uma carta de despedida dele em 2018 citava na última linha do documento a seguinte frase 'até breve'. E foi assim mesmo, não demorou e o executivo Marco Antônio Lage retorna ao Cruzeiro para prosseguir com um de seus mais importantes projetos: a idealização de um museu com propósito de valorização da história do clube.
De volta à sede administrativa da Raposa, Lage será o CEO do Instituto Palestra Itália, uma associação criada pelo atual presidente celeste, Sérgio Santos Rodrigues, e doada ao Cruzeiro pelo próprio mandatário.
"O Instituto (Palestra Itália) desenvolverá vários projetos na área de cultura, social e esportiva. Vamos utilizar bastante as leis de incentivo, captação de verba por meio dessas leis para desenvolver os braços do trabalho", contou Lage em entrevista ao Hoje em Dia.
Dentre esses "braços do Instituto Palestra Itália" que serão contemplados com investimento por leis de incentivo está o projeto do Museu, que na cabeça de Lage deverá trabalhar recortes históricos, do presente e vislumbrar o futuro do clube também.
"Vamos estudar várias opções, temos que estruturar e entender o projeto. Esse museu pode ser no Mineirão, no Barro Preto. Claro que teremos plano A, plano B, o que for melhor vamos fazer", garantiu.
Marco Antônio Lage ressalta a dificuldade em implementar o projeto, já que seu plano inicial, ainda quando membro da gestão Wagner Pires de Sá, era ter pelo menos três anos para inaugurar o museu.
"Pensei fazer isso em 2018, mas o projeto foi interrompido. O que pretendia fazer em três anos até o centenário do Cruzeiro, agora terei que fazer em um. Não necessariamente inauguraremos o museu no aniversário do clube em 2 de janeiro do ano que vem, mas certamente ao longo de 2021 faremos sim. Ouviremos o torcedor para estruturar o conceito do museu, saber onde ele será criado. O espaço trará toda a memória do clube, mas queremos também um conceito moderno, uma parte tecnológica que nos proporcionará enxergar o futuro do Cruzeiro", contou Lage ao HD.
O novo CEO do Instituto Palestra Itália vai acumular funções no Cruzeiro e na Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
"Deixei a diretoria da Cemig. Não conseguiria conciliar o Cruzeiro e a empresa com cargo de dirigente, mas seguirei na empresa sim em outras funções. O meu trabalho no Cruzeiro será colaborativo. Quero resgatar a história do clube, não só contando com todo o acervo do próprio Cruzeiro, mas a memória do patrimônio humano, dos grandes ídolos que devem e podem fazer parte desse projeto", concluiu.