O déficit do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 já chega a R$ 149,77 milhões. Segundo o balanço de 2012, divulgado nesta sexta-feira, no ano passado as despesas do Rio 2016 superaram as receitas em R$ 90,64 milhões. O déficit nos anos anteriores havia sido de R$ 36,43 milhões, em 2011, e R$ 22,70 milhões, em 2010, quando o comitê começou a funcionar.
O diretor-geral do Rio 2016, Sidney Levy, classificou o déficit de quase R$ 150 milhões como o "resultado natural de um projeto que começa sem patrocínio e tomando empréstimos". Mas, segundo Levy, a distância entre o que está sendo gasto e as receitas vai diminuir. "Ano que vem teremos um déficit menor que este. Como o comitê não é organização sem fins lucrativos, a intenção é chegar em 2017 no '0 a 0', sem déficit ou lucro", afirmou.
Os diretores do Rio 2016 afirmaram que o comitê londrino (Locog) também teve déficit nos primeiros anos, e só equalizou a situação financeira próximo aos Jogos de 2012.
Ao contrário do Locog, o Rio 2016 não divulga em seu balanço os salários de cada diretor executivo. Mas, no documento divulgado nesta sexta, o comitê traz pela primeira vez quanto ganharam juntos no ano passado (somando-se os encargos trabalhistas) os quatro diretores: R$ 3,136 milhões - na média, R$ 65,33 mil por mês para cada um. No fim de 2012, os executivos eram Leonardo Gryner (então CEO, agora diretor geral de operações), Agberto Guimarães (esportes), Renato Ciuchini (comercial) e Marco Aurélio Vieira (operações).
O presidente do Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, segundo o comitê, não recebe remuneração.