Desafio do judô brasileiro é repetir desempenho do Pan no Cazaquistão

A participação dos judocas brasileiros no Pan de Toronto rendeu 13 medalhas. Foram cinco de ouro, duas de prata e seis de bronze. Quatro conquistadas por atletas da equipe Belo Dente/Minas, que desembarcaram em Belo Horizonte e nesta segunda-feira (20) iniciaram os treinos para o próximo desafio: o Mundial de Judô, que será disputado de 24 a 30 de agosto em Astana, no Cazaquistão.

Medalhistas de ouro, Érika Miranda e Luciano Corrêa esbanjam alegria. Mas eles ressaltam que o foco já está na disputa do próximo mês. “Quase não teremos tempo para comemorar esta conquista, estamos focados em outra competição. Mas claro que é indescritível ser campeã de um torneio da grandeza do Pan. Ainda mais no meu caso, que já tinha batido na trave duas vezes”, comemora Érika. Ela foi medalha de prata nos últimos dois Jogos Pan-americanos.

Luciano conquistou o segundo ouro em Pan-americanos. Para ele, o primeiro lugar no pódio no Canadá foi apenas um passo na direção certa. Mas o judoca reconhece que para chegar a Olimpíada do Rio e brigar por medalhas falta muito trabalho.

“Com certeza foi uma conquista muito especial pra mim, ainda mais por ter sido um bicampeonato. Além disso, por estarmos a um ano da Olimpíada do Rio, que é o grande objetivo, mostra que estamos no caminho certo. Só que o foco agora é o Mundial do próximo mês, e só depois vamos realmente olhar para a Olimpíada”, afirmou Luciano.

Estreantes em Pan, Nathália Brígida e Mariana Silva conquistaram o bronze. Elas elogiaram o desempenho da equipe na competição. “Fiquei muito feliz com meu bronze. Claro que meu objetivo era o ouro. Mas, ao meu ver, o mais importante é a experiência que adquiri disputando o Pan. Tenho certeza que isso vai nos ajudar para a Olimpíada, já que o modelo é bem parecido”, disse Mariana.

Fora da meta

Apesar do número significativo de medalhas, a meta de 14 conquistas, que havia sido estipulada pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ), não foi alcançada.

Os judocas brasileiros repetiram a performance dos últimos dois Pan-americanos: Guadalajara-2011 e Rio de Janeiro-2007. Porém, o número de medalhas de ouro foi menor do que há quatro anos: cinco contra seis.

"Foi uma ótima participação. Infelizmente, por uma medalha não alcançamos a meta que tínhamos estipulado. Mas provamos que é um objetivo real. Só não conseguimos por causa de uma lesão que o Alex (Pombo, outro atleta do Minas) sofreu, mas todo mundo pode ver que não era um objetivo impossível”, apontou Brígida.