Desafio extremo no coração da Floresta Amazônica

Émile Patrício - Hoje em Dia
05/12/2013 às 07:53.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:34
 (Arquivo pessoal)

(Arquivo pessoal)

Imagine uma competição de aventura, no coração da Floresta Amazônica, com desafios extremos. O cenário inclui mata, zonas alagadas e muita chuva, terrenos completamente desconhecidos pelos 90 multiatletas que o percorrerão neste sábado. Um total de 204 quilômetros, entre provas de corrida, canoagem e mountain bike, na 1ª edição do Red Bull Amazônia Kirimbawa.

A situação não é fácil nem mesmo para os mais experientes. Tanto que, priorizando a segurança, os participantes foram escolhidos “a dedo”. De Minas Gerais, são 16 competidores convidados. A elite do mountain bike do Estado estará em peso, com 10 atletas, dentre eles Rubens Donizete Valeriano, o Rubinho, Hugo Prado Neto e Roberta Stopa.

Com a experiência de duas olimpíadas na carreira (Pequim-2008 e Londres-2012), Rubinho ressalta que esse desafio é o maior e mais tenso da carreira. “Não havia nada igual no Brasil. Para se ter ideia, uma prova oficial de mountain bike dura, em média, uma hora e meia. A Kirimbawa terá cerca de quatro horas, em um terreno difícil e desgastante, além de perigoso, devido a bichos e outras situações que poderão nos surpreender”, comenta.

Rubinho pontua ainda o fato de a prova ser dentro de uma floresta tropical. “Temos que ter o maior cuidado com a umidade, que maquia uma situação de desidratação. Na mochila, o que não pode faltar é isotônico e repelente para afastar os mosquitos que transmitem a febre amarela”, completa.

Outro cuidado extra é com o equipamento. Segundo o biker, o terreno encharcado exige peças novas para a bicicleta não os deixar na mão. “O desgaste será muito grande”, afirma.

Na corrida, Fernanda Maciel, que acaba de ganhar uma ultramaratona no Nepal, é uma das representantes de Belo Horizonte. Ela vivenciará climas opostos, já que, no Everest Trail Race, acaba de competir a 16º graus negativos. Não haverá atleta mineiro na canoagem.

Significado

Kirimbawa, nome da disputa, significa “grande guerreiro”, em um dialeto indígena local. Os 90 competidores serão sorteados antes da largada, formando 30 equipes. A competição começa na madrugada de sábado, às 4h. A previsão de chegada é às 17h30, após mais de 13 horas de prova.  

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