Dia de comemorar um ano de magia e alegria na Cidade do Galo

Gláucio Castro - Hoje em Dia
04/06/2013 às 16:12.
Atualizado em 20/11/2021 às 18:49

O Atlético nunca mais foi o mesmo depois daquela tarde de segunda-feira, 4 de junho de 2012. O primeiro treino para a partida contra o Bahia, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro, seria apenas mais um, não fosse por um “detalhe”. Os jogadores do Galo acabavam de ganhar um novo companheiro de trabalho para a sequência da temporada.

Mas não era um reforço qualquer. Duas vezes eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa e campeão mundial com a Seleção Brasileira, em 2002, o craque Ronaldinho Gaúcho fazia o primeiro treino na Cidade do Galo.

A notícia caiu como um tsunami e, em questão de segundos, se espalhou pelos quatro cantos do país. Incrédulos, torcedores, inclusive de outros clubes, pareciam não acreditar na ousadia do presidente Alexandre Kalil. Em pouco tempo, o CT de Vespasiano estava cercado de jornalistas, torcedores e curiosos. Até mesmo dois helicópteros sobrevoavam o local.

Pela passagem conturbada no Flamengo, a contratação de R10 dividiu opiniões na época. Muitos não confiavam na recuperação do jogador, que brilhou muito mais na noite carioca do que dentro de campo. Mas bastaram as primeiras apresentações com a camisa alvinegra para a desconfiança se transformar em idolatria. Por onde passa hoje, R10 arrebata uma multidão e vem levando o nome do Atlético para o mundo.

Genial

Aos 33 anos, Ronaldinho, de fato, não é mais aquele jogador que brilhou no Barcelona. Mas, com sua habilidade, ainda protagoniza lances geniais, principalmente em algumas partidas mais inspiradas, como na goleada por 6 a 0 sobre o Figueirense, no dia 6 de outubro do ano passado, quando marcou três vezes.

Em seu primeiro clássico contra o Cruzeiro, pela 19ª rodada do Brasileiro de 2012, fez um gol antológico. Pegou a bola no meio de campo e saiu driblando os marcadores até estufar as redes do goleiro Fábio.

Desde que chegou ao Galo, há exatamente um ano, o craque disputou 49 partidas e marcou 17 gols. Mas o maior destaque mesmo são as assistências aos companheiros. Foram 14, no ano passado, e nove na atual temporada.

Abraçado pela Massa, Ronaldinho garante que chegou a pensar em abandonar a carreira, antes de reencontrar o bom futebol no clube mineiro. “Sou suspeito para falar da torcida do Atlético, porque, em um dos momentos mais difíceis, eles me abraçaram e me fizeram ter vontade de continuar jogando. São maravilhosos”, diz R10, que, em 2012, sofreu com a doença da mãe, que fazia tratamento contra o câncer.

Cada vez que entra em campo pelo Galo, o armador provoca verdadeiro frisson nas arquibancadas, sendo reverenciado pelos torcedores. Por onde a delegação passa, tem sempre uma verdadeira multidão para ver Ronaldinho.

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