O general Fernando Azevedo e Silva é o novo presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO). Duas semanas após ter o seu nome aprovado pelo Senado, o militar foi oficializado no cargo nesta quinta-feira, quando a presidente Dilma Rousseff o nomeou para assumir a pasta no lugar de Márcio Fortes, que pediu demissão em agosto.
A Autoridade Olímpica foi criada por conta do compromisso assumido pelo Brasil junto ao Comitê Olímpico Internacional, seguindo modelo adotado com o órgão centralizador, em Londres, E tem por objetivo coordenar a participação do governo federal, do governo do Rio e da prefeitura da capital fluminense na preparação e realização dos Jogos Olímpicos de 2016.
Só que a governança ficou difícil por causa dos órgãos a nível federal, estadual e municipal que se sobrepuseram à sua missão, que seria de acompanhar a execução das obras para evitar que houvesse problemas de atrasos e para coordenar a participação dos três níveis na preparação dos jogos. Márcio Fortes, sem mando, sem controle sobre as obras ou seu orçamento, desistiu de permanecer no cargo.
Fernando Azevedo e Silva é general de divisão do Exército e presidiu uma comissão responsável pela preparação e execução da quinta edição dos Jogos Mundiais Militares, realizada no Rio em 2011. Ele vai substituir Márcio Fortes, ex-ministro das Cidades.
No dia 16 de agosto, o plenário do Senado havia aprovado a nomeação de Azevedo e Silva. Em votação secreta, ele recebeu 46 votos a favor e sete contra, com nenhuma abstenção. A indicação dele, feita pela presidente Dilma Rousseff, havia sido aprovada no dia anterior pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa.
Em setembro, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, fez duas críticas ao órgão: "A APO não faz falta nenhuma. Não vejo a menor necessidade, não ajuda e nem atrapalha", disse Paes, que já havia classificado a APO como "desnecessária e cara".
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