Uma crise, envolvendo questões financeiras, abalou a Caldense e quase tornou impossível a participação da equipe de Poços de Caldas na Série D do Campeonato Brasileiro.
Na reunião realizada entre jogadores, comissão técnica e o presidente Antônio Gonçalves, na manhã desta quinta-feira (11), o resultado foi um pedido de demissão em massa na Veterana.
No fim do dia, porém, depois de novo encontro, apenas o meia Ewerton Maradona não voltou atrás da decisão de deixar o clube do Sul de Minas.
Tudo aconteceu após o desligamento do gerente de futebol Alex Joaquim, que entrou em rota de colisão com a presidência do Periquito, vice-campeão mineiro de 2015.
Alex, que havia prometido contrato até o final do Campeonato Mineiro de 2018 aos atletas, como forma de seduzi-los a disputar a Série D do Brasileirão pelo alviverde, foi surpreendido com o “não” do Conselho Fiscal, que vetou a estratégia, quando a mesma já havia sido colocada em prática. Os contratos, inclusive, seriam assinados nesta quinta.
“Demos um contrato de um ano a eles, porque os salários foram reduzidos em até 50% em relação ao que recebiam no Mineiro”, conta o ex-gerente, que estava na Caldense há 15 anos. “Recebi uma ligação do presidente na noite de ontem (quarta-feira[10]) e ao ser comunicado da decisão, pedi a minha demissão, por questão de honra. Comuniquei aos jogadores e comissão técnica e, em solidariedade, todos fizeram o mesmo”, acrescenta.
Versão do presidente
O presidente Antônio Gonçalves ratificou as palavras de Alex, mas ponderou que assinar contratos de 12 meses causaria rombo nos cofres do clube.“Foi feito um contrato até maio de 2018. Porém, o conselho fiscal não aceitou, devido ao período de vacância. Terminando a Série D, os atletas ficariam vários meses sem atuar, até a estreia no Mineiro, e continuariam recebendo os salários normalmente”, argumenta o mandatário.