Diretoria do Cruzeiro pede ao prefeito Alexandre Kalil para liberar jogos de futebol em BH

Guilherme Piu
@guilhermepiu
16/07/2020 às 19:38.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:03
 (Montagem sobre fotos de arquivo Hoje em Dia )

(Montagem sobre fotos de arquivo Hoje em Dia )

Montagem sobre fotos de arquivo Hoje em Dia

O Cruzeiro deseja mandar seus jogos do Campeonato Mineiro em Belo Horizonte. No fim da tarde desta quinta-feira (16) o presidente do Cruzeiro fez um apelo ao prefeito de Belo Horizonte para que os clubes da capital possam usar os maiores palcos esportivos de Minas Gerais, o Mineirão e o Independência.

"Hoje fiz um apelo à Prefeitura (de Belo Horizonte) para que entendesse isso, porque é uma questão de lógica, que ultrapassa até mesmo a estatística. O futebol vai voltar. A gente não está discutindo a volta do futebol. Isso está já sacramentado. Ainda bem, a gente já tem acompanhado, os números começam a cair agora, essa situação vai ser superada, sem dúvida nenhuma. A gente já vê os campeonatos: Carioca já finalizou, Paulista vai começar essa semana. Não vimos nenhum dado que atrele a volta de campeonato ao aumento de casos de Covid. Não existe essa correlação", disse Sérgio Rodrigues em transmissão ao vivo no canal celeste no Youtube. 

O Campeonato Mineiro, mesmo com a pandemia do coronavírus ainda sendo um desafio para o Brasil, será retomado no dia 26 de julho. Entretanto, até agora Alexandre Kalil, prefeito da cidade, não autorizou que a cidade seja sede das partidas das equipes. Ou seja, os estádios não têm autorização para abrir, pelo menos por enquanto. 

"Então, eu fiz esse apelo à Prefeitura hoje. Peço à torcida também. Para nós é fundamental. Não só em meu nome. Tenho certeza que o (Marcus) Salum e o (Sérgio) Sette Câmara querem que o América e o Atlético-MG joguem em Belo Horizonte também. Tenho certeza que o prefeito (Alexandre Kalil) é muito ligado em redes sociais, ele vai ouvir a população de Belo Horizonte, vai compreender essa parte, como eu disse, que é técnica. Ela não altera em nada o local, se essas pessoas vão se misturar de qualquer forma. E nós queremos também a segurança. Faço esse apelo: vamos jogar em Belo Horizonte. Isso vai ser muito importante, não só em termos técnicos e econômicos, mas especialmente o Cruzeiro estar atuando em sua casa", explicou o presidente da Raposa.

Recentemente, em entrevista, o prefeito Alexandre Kalil chegou a dizer que pensar em futebol na cidade era "coisa de débil mental". Na visão do mandatário do Cruzeiro não há diferença se o jogo é realizado no Mineirão ou em outras praças. 

"A grande questão é o seguinte. Como é o protocolo hoje para jogar? As Federações só autorizaram que cada equipe leve 42 pessoas na sua delegação, isso incluindo comissão técnica, jogadores e diretoria. Ou seja, tem 42 de cada time, mais umas 10 pessoas da Federação Mineira de Futebol. Vamos arredondar para 100. Se eu tiver 100 pessoas jogando em Sete Lagoas, em Nova Lima, em Nova Serrana, ou no Mineirão, essas mesmas 100 pessoas, elas vão se encontrar de qualquer forma. E onde elas moram? Elas moram em Belo Horizonte. Se elas jogarem em Sete lagoas, elas voltam para cá. Então, não muda em nada jogar no Mineirão ou em Sete Lagoas", explicou. 

A 10 dias da retomada do futebol em Minas Gerais, Sérgio Rodrigues disse que o esporte não tem características como um shopping center, que é um ambiente fechado. 

"O que a gente colocou foi isso. É diferentemente de um shopping center que é fechado, que os consumidores não necessariamente estão testados. Estamos falando de uma atividade econômica, que temos 100 pessoas testadas, e elas vão estar juntas em qualquer lugar. Se não jogar no Mineirão, elas vão jogar em Sete Lagoas. E se ali alguém pegar Covid, eles vão voltar para Belo Horizonte e estarão internados no hospital de Belo Horizonte", finalizou, 

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