Um ano depois de o Rio de Janeiro receber duras críticas por conta do atraso nas obras para os Jogos Olímpicos de 2016, o cenário mudou. A prova disso veio nesta quarta-feira, quando Francesco Ricci Bitti, presidente da Associação das Federações de Esportes Olímpicos de Verão (ASOIF, na sigla em inglês), elogiou o andamento das obras.
"Está claro que no último ano, apesar das dificuldades no País - eleições, situação política, situação econômica - o comitê organizador trabalhou muito duro. A situação está completamente mudada. Nem todos os problemas foram resolvidos, mas estamos em um momento tão perto dos Jogos que temos que trabalhar juntos e entendermos uns aos outros", disse Ricci, em reportagem publicada pelo site Around The Rings.
Também presidente da Federação Internacional de Tênis (ITF) e membro da comissão de coordenação do COI para a Olimpíada de 2016, Ricci havia feito duras críticas ao andamento das obras exatamente um ano atrás, na mais recente assembleia da ASOIF, sugerindo até o início das discussões de um plano B.
Na abertura do congresso deste ano, em Sochi (Rússia), o presidente do Comitê Organizador Carlos Arthur Nuzman, o diretor de esportes Agberto Guimarães e o diretor de comunicação, Mario Andrada, fizeram uma explanação de 30 minutos e mostraram o andamento das obras. Nuzman, que também preside o COB, agradeceu o presidente do COI, Thomas Bach, à ASOIF, ao COI e ao governo brasileiro pelo agora bom andamento das obras.
De acordo com a apresentação do Comitê Rio-2016, as obras em Deodoro e no Parque Olímpico da Barra estão entre 50% e 80% prontas. De acordo com o órgão, o Estádio Aquático ficará pronto em novembro e a Arena do Futuro (handebol) será aberta em dezembro.
Uma das obras que mais preocupa, o canal da canoagem slalom, em Deodoro, está 58% pronta e deve ser concluída em outubro, ainda de acordo com o Comitê. Já a Vila Olímpica, 78% construída, deverá ser entregue em novembro.
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