(Gustavo Aleixo/Cruzeiro)
O jogo contra o lanterna Oeste, adversário da próxima quarta-feira (13), no Independência, no turno da Série B, marcou o início da reação do Cruzeiro, no que se refere à briga contra o rebaixamento, mas sem ser suficiente para que o time se aproximasse do G-4, pelo menos até agora. Desde aquele amargo 0 a 0 na Arena Barueri, em 11 de outubro, pela 15ª rodada, a Raposa entrou em campo 18 vezes. E a divisão deste período em três módulos de seis jogos, mostra claramente a queda do time comandado por Luiz Felipe Scolari, processo que praticamente impede de se tornar realidade o sonho de retorno à Série A em 2021. Acontece queda de pontuação e no número de gols marcados.Gustavo Aleixo/Cruzeiro
Depois de um início empolgante no Cruzeiro, Rafael Sóbis não consegue ter o mesmo desempenho nas últimas partidas, quando marcou apenas um gol em cinco jogos
No primeiro desses 18 jogos, o empate sem gols com o Juventude, no Mineirão, pela 16ª rodada, a Raposa foi dirigida por Célio Lúcio. Nos cinco jogos seguintes, já com Felipão, foram três vitórias e dois empates. Neste módulo, 12 pontos foram conquistados e oito gols marcados.
16/10
0 x 0
Juventude
Mineirão
20/10
1 x 0
Operário-PR
Ponta Grossa
25/10
1 x 1
Náutico
Recife
30/10
2 x 0
Paraná
Mineirão
6/11
1 x 0
Botafogo-SP
Ribeirão Preto
9/11
3 x 3
Guarani
Mineirão
O segundo módulo de seis jogos, todos com Scolari no comando, foi praticamente idêntico ao primeiro. O Cruzeiro ganhou 11 pontos e marcou nove gols. Foram três vitórias, dois empates e uma derrota, para o Confiança, no Mineirão, na 24ª rodada.
20/11
1 x 1
Figueirense
Mineirão
24/11
1 x 0
Chapecoense
Chapecó
27/11
1 x 2
Confiança
Mineirão
2/12
2 x 1
América
Independência
5/12
4 x 1
Brasil-RS
Mineirão
8/12
0 x 0
CRB
Maceió
Essas duas sequências têm como característica a quase totalidade dos gols marcados por atacantes. Na somatória dos 12 jogos, são 17 bolas na rede adversária, sendo 12 deles de atacantes: Rafael Sóbis (4), Airton (4), Arthur Caíke (2), Willian Potker (1) e Marcelo Moreno (1). O zagueiro Manoel marcou duas vezes, o lateral Cáceres, uma, e o atacante Jarro Pedroso, do Brasil-RS, fez um contra.
Queda
Nos últimos seis jogos, momento em que o Cruzeiro já tinha praticamente afastado qualquer risco de rebaixamento e poderia se arriscar, tentando uma aproximação do G-4 da Série B, o time teve uma queda de rendimento, assim como seus atacantes. Só nove pontos foram conquistados, aproveitamento de 50%, fruto de duas vitórias, três empates e uma derrota.
O time de Felipão marcou apenas cinco gols, menos de um por partida, e só dois deles foram de atacantes, sendo um de Rafael Sóbis e outro de Willian Potker. Os zagueiros Ramon e Manoel também balançaram a rede adversária, assim como o volante Filipe Machado.
11/12
1 x 0
Vitória
Salvador
15/12
1 x 1
CSA
Independência
18/12
1 x 1
Avaí
Florianópolis
22/12
1 x 2
Ponte Preta
Campinas
29/12
0 x 0
Cuiabá
Independência
8/1
1 x 0
Sampaio Corrêa
São Luís
Tivesse o Cruzeiro conseguido manter os 66,7% de aproveitamento do primeiro módulo de seis jogos, após o empate sem gols com o lanterna Oeste na Arena Barueri, e hoje somaria 48 pontos na Série B do Campeonato Brasileiro.
Ao invés da 11ª posição, ocuparia a sexta, a quatro pontos do G-4, grupo que garante vaga na Série A 2021. Luiz Felipe Scolari cumpriu o que tinha prometido entregar ao Cruzeiro, que é a permanência na Série B. Mas a análise de quase um turno disputado sob seu comando evidencia que o trabalho, por uma série de fatores que não são responsabilidade apenas da comissão técnica, talvez com culpa maior até da diretoria, não evoluiu. Se isso tivesse acontecido, a realidade cruzeirense neste momento seria bem diferente.