(Thomas Samson/AFP)
Novak Djokovic já havia colocado seu nome entre os maiores tenistas de todos os tempos, mas faltava-lhe um título para sua imensa coleção. Não falta mais. Neste domingo (5), o sérvio número 1 do mundo confirmou o favoritismo e venceu pela primeira vez em Roland Garros, ao bater na decisão o britânico Andy Murray, de virada, por 3 sets a 1, com parciais de 3/6, 6/1, 6/2 e 6/4.
Djokovic já tinha 11 títulos de Grand Slam na galeria, mas nenhum na capital francesa. Com o troféu deste domingo, ele chega a 12 nos quatro principais torneios do circuito e se aproxima de Rafael Nadal e Pete Sampras, que têm 14 cada um. O recordista é Roger Federer, com 17.
Na primeira vez que faturou o título em Paris, Djokovic homenageou alguém que sabe bem a sensação de vencer este Grand Slam. Após a vitória, desenhou um coração no saibro da quadra Philipe-Chatrier, gesto imortalizado em 2001 por Gustavo Kuerten durante a campanha da conquista do tricampeonato em Roland Garros. Neste domingo, o brasileiro, da torcida, se emocionou e aplaudiu a atitude do sérvio.
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Esta também foi a primeira final de Murray em Roland Garros, e o britânico já está se habituando aos vice-campeonatos em torneios de Grand Slam. Esta foi a oitava vez que o número 2 do mundo caiu na decisão de um torneio deste porte, sendo que ele tem somente dois títulos - um em Wimbledon e outro no US Open.
Mas neste domingo, parecia que a história seria diferente para Murray. O britânico sofreu uma quebra logo no primeiro game, mas devolveu na sequência e emendou outra no quarto game para ficar em vantagem e largar na frente.
Só que parou por aí. A partir do segundo set, Djokovic encontrou seu jogo e tomou conta das ações. Novamente, quebrou o saque do rival na primeira oportunidade que teve, mas desta vez não perdeu a liderança. Pelo contrário, aproveitou outro break point no sexto game para fechar.
O terceiro set foi praticamente uma repetição. Sem encontrar respostas para o ótimo jogo de fundo de quadra de Djokovic, Murray foi quebrado em duas oportunidades, no terceiro e no quinto games, e viu o sérvio virar a partida.
O quarto set também tinha tudo para seguir pelo mesmo caminho depois de duas quebras de Djokovic, mas até o multicampeão número 1 do mundo às vezes sente o peso de fechar uma partida. Foi o que aconteceu. Murray se aproveitou e devolveu uma das quebras. Mas no décimo game, não teve jeito, e o sérvio confirmou a vitória em seu terceiro match point.
Então, foi a hora de homenagear Guga. Com ótima relação com o brasileiro, o sérvio pediu permissão para repetir o gesto de 2001, desenhou o coração com a raquete e se deitou no centro dele, levando a torcida, e o próprio ex-atleta brasileiro, à loucura.
Thomas Samson/AFP
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