(AFP)
Novak Djokovic revelou nesta terça-feira que conseguiu curar a lesão no cotovelo direito que o deixou de fora do Masters 1000 de Miami, realizado nas duas últimas semanas, e garantiu estar pronto para defender a Sérvia, entre sexta e domingo, em Belgrado, pelas quartas de final da Copa Davis.
Atual vice-líder do ranking mundial, o sérvio ressaltou que o tempo de descanso neste período ausente do importante torneio norte-americano foi essencial para que ele pudesse garantir presença neste confronto válido pelo Grupo Mundial da principal competição entre países do tênis.
"Eu não disputei muitos jogos recentemente, e isso é o que eu preciso para recuperar a forma", ressaltou Djokovic nesta terça, quando também lembrou que não conseguiu ir muito longe no Masters 1000 de Indian Wells, no qual caiu diante do australiano Nick Kyrgios nas oitavas de final, para em seguida desistir de jogar em Miami.
"Eu fiquei fora de Miami e não faz fiz muito em Indian Wells, então o início desta temporada não foi o ideal", completou o sérvio, que abriu o ano com o título do Torneio de Doha, onde superou o britânico Andy Murray, líder do ranking mundial, na decisão.
Porém, em seguida, ele caiu de forma surpreendente na segunda rodada do Aberto da Austrália e também foi eliminado por Kyrgios nas quartas de final do ATP 500 de Acapulco. Também neste ano, o número 2 do mundo ajudou a Sérvia com uma vitória na série decisiva contra a Rússia na primeira rodada da Davis.
Apesar de sua irregularidade, Djokovic prefere não ficar lamentando o início de 2017 abaixo da expectativa e sim lembrar que antes disso viveu temporadas consecutivas de glórias. "Eu tive sorte e o prazer de jogar em um nível excepcional por seis anos e tive resultados fantásticos... As coisas são um pouco diferentes agora", reconheceu. "Eu precisava de um pouco de descanso, mas não estou decepcionado porque eu passei um tempo de qualidade com a minha família", completou.
Nas quartas de final da Davis, Djokovic não terá pela frente Rafael Nadal e Roberto Bautista Agut, dois principais tenistas da Espanha no ranking mundial atualmente, mas ressaltou que a Sérvia não pode se iludir com este fato ao encarar um adversário com tamanha experiência e tradição nesta competição - possui cinco títulos e agora luta para ir às semifinais pela primeira vez desde 2012.
"A Espanha é uma das nações de maior sucesso na Copa Davis. Os seus melhores jogadores não estão aqui (em Belgrado), mas nós não devemos subestimá-los", ressaltou o tenista, que em 2010 liderou a Sérvia rumo ao único título do país na história a competição.
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