(Bruno Cantini/Atlético)
Muitos acreditam que a “sombra” de ser filho de ex-jogador de futebol e as comparações inevitáveis com o pai podem prejudicar a carreira de jovens promessas, que possuem dentro de casa alguém que já atuou naquele meio durante muito tempo.
Entretanto, no caso de Bruno e Bruninho fica quase impossível dissociar a carreira de pai e filho. Além do mesmo nome, fatos marcantes no início da carreira de ambos se coincidem e praticamente impossibilitam que não haja comparações entre elas.Bruno Cantini/Atlético / N/A
As coincidências vão desde as mais óbvias, como serem revelados pela mesma equipe, o Atlético, até as mais improváveis. Em 1996, quatro anos antes do nascimento de Bruninho, Bruno estreava pelo Galo numa partida contra o Villa Nova. 22 anos depois, o ex-lateral assistiria pela primeira vez seu filho vestir a camisa alvinegra e atuar pela equipe principal do Atlético justamente contra o time de Nova Lima.
As coincidências não param por aí. O mais importante dos nove gols de Bruno vestindo a camisa do Galo foi marcado no dia 6 de novembro de 1997. O ex-jogador fez o primeiro dos quatro gols do Atlético na vitória por 4 a 1 diante do Lanús, na partida de ida da final da Copa Sul-Americana vencida pelo Galo em solo argentino.
Exatos 22 anos depois, no mesmo 6 de novembro, mas de 2019, Bruninho saiu do banco de reservas para marcar seu primeiro gol no Mineirão pela equipe principal do Atlético. A jovem promessa do Galo anotou o segundo tento da noite e sacramentou a importante vitória para afastar o fantasma da zona de rebaixamento.
"Eu só não sabia desta data do jogo contra o Lanús. O tio dele que me mostrou isso. Lógico que todo pai fica orgulhoso de ver o filho passar por um momento assim. Mas eu sempre passo para ele que é importante lembrar das origens e de tudo que precisou passar para chegar até este momento. Ele tem que curtir, principalmente ontem e hoje, mas nos treinamentos já pegar pesado porque domingo tem mais", diz Bruno ao Hoje em Dia.
"O torcedor do Atlético é aquela paixão. Se você vai bem num jogo e no seguinte não, as críticas vão aparecer. Sempre peço para que ele tenha tranquilidade e personalidade. Acredito que a base do clube tenha bons atletas, mas eles têm que ser lançados no momento certo", acrescenta.
Para confirmar que a relação entre os dois é forte, até camisa utilizada por Bruninho remete ao pai. No entanto, o meia-atacante garante que o fato de levar o número 43 nas costas, nada tem a ver com a idade do ex-lateral, que atuou em 260 oportunidades pelo Galo.
“Foi aleatório, coincidência”, declarou a joia alvinegra sobre o número de sua camisa.
* Colaborou Hugo Lobão