Duda diz estar mais maduro para Mundial de Atletismo

Amanda Romanelli
05/08/2013 às 08:21.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:40

Mauro Vinícius da Silva, mais conhecido como Duda, é apontado como um dos brasileiros favoritos a figurar no pódio do Mundial de Atletismo, que começa sábado, em Moscou. Campeão mundial indoor em 2012, ele é o quinto melhor do ano no salto em distância, com a marca de 8,31 metros.

Mas, além da boa colocação entre os principais saltadores do mundo, o que dá confiança a Duda é a constância de suas marcas na temporada. Foram poucas as vezes, em 2013, que o brasileiro saltou abaixo dos 8 metros.

Com resultados excepcionais na temporada, acima dos 8,40 metros, estão apenas dois atletas: o russo Aleksander Menkov, que terá a vantagem de disputar o Mundial em casa, e o mexicano Luis Rivera, com o melhor resultado de sua carreira.

Após o ouro no Mundial Indoor de Istambul, no início do ano passado, um bom resultado na Olimpíada de Londres parecia ser um caminho natural. Duda foi bem nas eliminatórias dos Jogos Olímpicos, indo à final como o melhor saltador (8,11 metros). Mas não conseguiu repetir a boa marca na disputa por medalha, quando queimou quatro dos seis saltos, e terminou apenas em sétimo lugar, com 8,01 metros.

Os principais problemas enfrentados pelo brasileiro em Londres têm sido combatidos agora: a falta de constância, um certo afobamento, o descontrole da velocidade. Duda diz que, em Moscou, terá de construir sua prova degrau a degrau. Primeiro, passar à final, entre os 12 melhores; depois, na decisão, ficar entre os oito que lutarão pela medalha. E nada de desperdiçar saltos, erro capital na final olímpica que disputou no ano passado.

Ele lembra que, em Londres, quis ganhar "no primeiro salto" - às vezes, a estratégia funciona, como ocorreu com Maurren Maggi na Olimpíada de Pequim, em 2008. "Foi um salto grande, mas queimei. Aí tive que correr atrás, mudar a estratégia dentro da final", conta o atleta. "Agora, estou fazendo uma prova salto a salto, crescendo na competição."

Duda destaca que, por causa do resultado em Londres, muita coisa mudou para ele. A concentração e a frieza na hora de competir, por exemplo. "Acho que estou melhor nesses aspectos. Tirei o peso das costas, estou mais frio, mais concentrado. E nunca fui quinto do mundo, então a evolução está aí", lembra o saltador.
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