A lógica dos números é implacável e inquestionável para o Montes Claros, no único dos playoffs das quartas de final da Superliga Masculina em aberto. Com as derrotas sofridas nos dois primeiros jogos da melhor de cinco, novo tropeço diante do Campinas, hoje, às 22h, no Ginásio do Taquaral, representa o fim da linha para o Pequi Atômico na competição.
O técnico Marcelinho Ramos tem, na ponta da língua, a explicação para as dificuldades enfrentadas diante do time comandado pelo argentino Horacio Dileo: falta de regularidade. Ele lembra que todos os sets da disputa têm mostrado equiíbrio em vários momentos, mas que a balança acaba pesando para os paulistas.
“Viemos jogando sempre no nosso limite, mas felizmente ainda temos tempo de reverter essa situação. Nossa equipe já mostrou que tem qualidade, consistência técnica e tática e prova disso é a campanha que fez no turno e no returno. Agora temos que procurar um equilíbrio entre emoção e razão para essa partida. Temos que saber cadenciar o jogo nos momentos em que estamos bem. Sempre conseguimos abrir pontos de diferença e depois entregamos esses pontos de maneira muito fácil”, explicou.
Pressão
O treinador espera que a equipe mineira saiba lidar com a pressão de ser obrigada a vencer para forçar ao menos mais um jogo, e conta com uma possível ansiedade dos anfitriões para definir a série.
Dileo, ex-técnico do Minas, diz que procurou orientar seus atletas sobre a postura correta para evitar o tropeço em casa. “Precisamos entrar em quadra pensando apenas em fazer nossa parte. Temos que entrar concentrados, buscando construir as oportunidades para decidirmos o duelo. Não será fácil. Do outro lado da quadra tem um time forte, que entrará com o mesmo objetivo”.