No final de março do ano passado, após os empates por 2 a 2 com o Uruguai, na Arena Pernambuco, e o Paraguai, em Assunção, em partidas que evidenciaram a fragilidade da Seleção treinada por Dunga, a grande dúvida era se o Brasil estaria na Copa da Rússia. Um ano depois, comandada por Tite, a mesma equipe tem 100% de aproveitamento em sete rodadas e não só já se garantiu no Mundial, como mudou o rumo das Eliminatórias Sul-Americanas.
Primeira vítima de Tite, o Equador era a grande sensação do torneio nas seis primeiras rodadas, com 72% de aproveitamento. Após sofrer a primeira derrota ( 3 a 0) para o Brasil, em Quito, pelas Eliminatórias, caiu pelas tabelas. Conquistou apenas 33% dos pontos disputados e atualmente ocupa a quinta posição, superando no saldo de gols o Chile, atual bicampeão da Copa América, mas que é sexto e neste momento está fora da Copa da Rússia.
Antes de golear na última quinta-feira (23), em Montevidéu, o Uruguai, única seleção sempre presente no G-4 das Eliminatórias Sul-Americanas, mas que agora deixa a zona de conforto, correndo o risco de perder até três posições na próxima terça-feira, o Brasil de Tite já tinha dado três motivos para os argentinos, que estão no terceiro lugar, ligar o sinal de alerta.
Além dos 3 a 0 do Mineirão, em 10 de novembro do ano passado, a Seleção passou fácil por Venezuela e Peru, como visitante.
Quando foi a vez do time de Edgardo Bauza, que assumiu a Argentina também a partir da sétima rodada, o máximo que nossos rivais conseguiram diante de Venezuela e Peru, fora, foram empates suados, ambos por 2 a 2.
O achatamento na classificação provocada pela arrancada da Seleção Brasileira fica evidente quando se compara as classificações antes e depois de Tite.
Na sexta rodada, quando se completou o primeiro terço da disputa, a diferença do vice-líder para o sexto colocado, que não disputa nem a repescagem, era de quatro pontos.
Hoje, com a reta final em andamento, pois a 13ª rodada abriu o terço final das Eliminatórias, o vice-líder Uruguai tem apenas três pontos a mais que o sexto colocado Chile.
Numa disputa que tem Tite como personagem principal, a dúvida agora é quem vai acompanhar o Brasil na Rússia.