Depois anos depois da morte de mais de 70 pessoas em uma partida de futebol, o Egito anunciou no domingo (16) que quer receber a Copa Africana de Nações de 2017 e se mostrar ao mundo como um país que superou a violência. Argélia, Gabão e Gana também apresentaram candidaturas para substituir a Líbia, que perdeu o direito de sediar o evento por seguir em conflito político.
O Egito é o maior campeão da Copa Africana e conquistou seu sétimo título em 2010. Desde então, não conseguiu mais sequer se classificar para jogá-lo. Nesse meio tempo, viu seu presidente Hosni Mubarak ser deposto. Os protestos que o derrubaram causaram centenas de mortes e colocaram o Egito em meio a uma guerra civil que afetou inclusive o esporte, paralisando campeonatos locais.
Agora o Egito quer mostrar que voltou a ser um país seguro e organizado, lançando sua candidatura à sede da Copa Africana. Quênia, Sudão e Zimbábue também queriam o torneio, mas não tiveram o pleito aceito pela CAF (Confederação Africana de Futebol), que tem sua sede no Cairo.
Assim, serão duas Copas Africanas seguidas com sede alterada. A do ano que vem, entre janeiro e fevereiro, deveria ocorrer no Marrocos, que abriu mão de sediar a competição por temor da entrada do vírus Ebola no país. A Guiné Equatorial assumiu a responsabilidade depois de uma série de países a rejeitarem.