Eliminado por árbitro, brasileiro naturalizado libanês se recusa a deixar tatame

Estadao Conteudo
09/08/2016 às 11:51.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:15


Nascido no Brasil mas naturalizado libanês para competir no judô pelo país asiático, Nacif Elias foi um dos protagonistas da manhã olímpica desta terça-feira na Arena Carioca 2. Nem tanto pelo seu combate com o argentino Emmanuel Lucenti, mas sim por sua reação temperamental ao ser eliminado pela arbitragem por um golpe ilegal.
Com uma punição para cada lado e o combate empatado, Nacif Elias, a pouco mais de um minuto e meio de combate, tentou aplicar um golpe no braço de Lucenti, que caiu acusando dores. A arbitragem entendeu que ação do libanês foi proposital para machucar o adversário e, por isso, o desclassificou.
Revoltado com a decisão dos juízes, Nacif simplesmente se recusou a deixar o tatame, esbravejando contra todos a seu redor e pedindo o apoio da torcida, que tomou as dores do brasileiro naturalizado. Somente quando um dirigente da Federação Internacional de Judô apareceu, ele tirou a faixa e, ainda bastante irritado, saiu de cena.
"Sou sempre prejudicado no circuito mundial por competir pelo Líbano", disparou em entrevista ao SporTV após a derrota. "Esperei muito. Mas a arbitragem internacional é uma vergonha, sempre me prejudica. Treinei muito para estar aqui, abdiquei da minha vida. Agora, ele (Lucenti) vem lutar na catimba... É por causa do Líbano. É uma vergonha. Talvez tome suspensão de dois anos por isso, mas agradeço o apoio de todo mundo. Agradeço ao brasileiro."
Ex-integrante da seleção brasileira de judô, Nacif Elias decidiu se naturalizar libanês em 2013 para ter a chance de disputar os Jogos do Rio depois de perder a vaga na equipe de seu País. Ele sonhava com medalha e foi porta-bandeira do Líbano na cerimônia de abertura.
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