Em clássico emocionante, Cruzeiro vence Atlético nos pênaltis e fatura Supercopa Sub-20

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
23/11/2017 às 21:08.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:51
 (Yuri Edmundo/Light Press/Cruzeiro)

(Yuri Edmundo/Light Press/Cruzeiro)

O "maior clássico da base" entre Atlético e Cruzeiro conheceu seu capítulo final na noite desta quinta-feira (23), no Estádio Independência, com a glória da Raposa sub-20, atual campeã brasileira. A equipe júnior celeste se sagrou campeã da Supercopa da categoria, competição criada este ano pela CBF. O outro lado da disputa era o Atlético, que ergueu a taça da Copa do Brasil. 

Na rivalidade mineira, o Cruzeiro venceu o confronto na disputa de pênaltis, com o goleiro Victor Eudes defendendo duas cobranças atleticanas e Eduardo - irmão do lateral-direito Ezequiel - decretando o título cinco estrelas e o passaporte carimbado para o Uruguai, onde irão representar o Brasil na Libertadores sub-20, em 2018.

No tempo regulamentar, o Atlético esteve duas vezes na frente do placar, com gols de Marco Túlio e Welinton. Mas a Raposa se mostrou aguerrida neste duelo (depois de uma apresentação morna no 0 a 0 de ida, também no Horto). Conseguiu duas vezes o empate, sendo o gol salvador aos 42'/2ºT. Na marca da cal, o arqueiro celeste parou os chutes de Danielzinho (um dos melhores do Galo) e Ruan.

UM NOVO CRUZEIRO
Ao contrário do que se pôde observar no duelo de ida, a postura do Cruzeiro modificou-se e o jogo ficou mais atrativo na finalíssima. Antes mais recuado e esperando a ação do Atlético, a Raposa igualou os avanços no ataque neste segundo e decisivo encontro.

Não que o Atlético tivesse ficado mais tímido no clássico. Pelo contrário, os primeiros minutos apresentaram uma supremacia técnica e até mesmo física do lado alvinegro. As primeiras chances saíram praticamente sempre de pés atleticanos. Capixaba era o válvula de escape na esquerda e o Cruzeiro abusou das faltas.

Eis que então o atacante Marco Túlio, principal esperança de "vingar" na equipe sub-20 do Galo recebeu bola mastigada na entrada da área, viu o bote adversário recuar e chutou. A bola desviou na zaga e matou o goleiro Victor Eudes. O camisa 10 abria o placar da decisão.

O gol foi um despertador da força para o time mandante, que contou com bom apoio de torcedores celestes, que encheram o setor Especial Pitangui já com a bola em andamento. A Raposa cresceu na partida e foi ao ataque igualar o confronto. 

Em jogada de lateral, o arremesso encontrou a cabeça de Thonny Anderson, que venceu Marco Túlio na disputa aérea e "casquinhou" para paralisar a zaga atleticana. Atento ao lance, o ponta Vitinho empurrou, de testa, a bola para o fundo da meta. 1 a 1. 

O primeiro tempo terminou com as duas equipes em alta rotatividade. Tanto que uma ameaça de confusão aconteceu na metade da etapa inicial, mas apartada pelo árbitro Igor Junio Benevenuto. O dono do apito, por exemplo, distribuiu 5 cartões amarelos nos primeiros 45 minutos.

EMOÇÃO NO FIM
O segundo tempo poderá se resumido pelo que aconteceu nos 10 minutos finais. Até lá, entretanto, as equipes foram bastante modificadas, com a possibilidade de cinco trocas para cada lado.

As equipes tiraram o pé, mas o Atlético se mostrava superior com a posse de bola. Tanto que as melhores jogadas foram do Galo, até o jogo chegar aos 39 minutos. Antes, o atacante Marco Túlio errou um gol na cara de Victor Eudes, enquanto o Cruzeiro assustou Nickson, mas em chute parado por Cleiton.

Até que um ataque perigoso do Atlético na esquerda, puxado por Anderson Cordeiro, faz a bola atravessar a área celeste e chegar limpa para Welinton, outro suplente. O atacante desempatou o placar e deixou o Galo com uma mão na taça.

Mas o efeito do gol adversário se repetiu na equipe cinco estrelas. Poucos minutos depois, João Diogo descolou um passe entre a zaga do Galo na entrada da área, também pela esquerda. Cesinha, outro que veio do banco, estava em posição em que a jogada mais lógica seria o cruzamento. Mas ele não quis saber, chutou cruzado, forte, no cantinho, sem defesa para Cleiton. E tudo igual, levando o jogo para os pênaltis.


CRUZEIRO 2 (4) X (2) 2 ATLÉTICO

Cruzeiro: Victor Eudes; Lucas Soares, Cacá, Gustavo Ricci e Victor Luiz; Márcio (Eduardo) e Vander; Vitinho, Thonny Anderson (Cesinha), Marcelo; Nickson (João Diogo). Técnico: Emerson Ávila

Atlético: Cleiton; Emanuel, Nathan, Ruan e César; Cícero e Ralph (Lucas Índio); Renan (Anderson), Danielzinho e Capixaba (Welinton); Marco Túlio (Anderson Cordeiro). Técnico: Ricardo Resende.

Os pênaltis: Marcelo, Vander, João Luis e Eduardo para o Cruzeiro // César e Nathan para o Atlético
Gols no tempo normal: Marco Túlio, aos 24'/1ºT; Vitinho, aos 38'/1ºT; Welinton, aos 39'/2ºT e Cesinha, aos 42'/2ºT
Arbitragem: Igor Junio Benevenuto, auxiliado por  Pablo Almeida da Costa e Felipe Alan Costa de Oliveira. Trio de Minas.
Cartões amarelos: Gustavo Ricci, Vander, Márcio, Cesinha e Bruno (CRU); Capixaba, Marco Túlio e Ralph (CAM)
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