Em crise, a Ponte Preta entra em campo neste sábado para tentar encerrar a fase negativa no Campeonato Brasileiro. Após dias de protestos da torcida e muita "lavagem de roupa suja" entre diretoria e jogadores, o time de Campinas recebe o Internacional, a partir das 18h30, no Estádio Moisés Lucarelli, pela última rodada do primeiro turno.
O clima ficou ainda mais pesado na Ponte Preta após a derrota para a Portuguesa, na última quarta-feira, no Canindé. Foi o quinto revés seguido no Brasileirão, resultado que deixou o clube de Campinas na penúltima posição, com 15 pontos.
Após a última partida, o primeiro a desabafar foi o goleiro Roberto, que insinuou que alguns jogadores não estariam dando o melhor. "Teve jogador que eu vi andando em campo. Pedi para correr, e ele mandou eu ficar quieto", disparou. "Precisamos tomar vergonha na cara, precisamos mudar essa situação", concordou o técnico Jorginho.
Na quinta-feira, foi a vez da diretoria dar uma bronca no elenco. Os ânimos se exaltaram em uma reunião entre dirigentes e jogadores. E na sexta, foi a vez da torcida se manifestar: em protesto contra a má fase, torcedores chegaram a invadir o vestiário para cobrar os atletas.
Diante disso, o presidente do clube, Márcio Della Volpe, que vinha dando poucas entrevistas, resolveu falar com a imprensa. Apesar de descartar dispensas ou afastamento de jogadores, ele prometeu mudanças. "Isso aqui é Ponte Preta. Vamos ter que tomar uma medida. Se acontecer uma desgraça (ser rebaixado), temos que cair de pé", avisou.
Em meio a tanta confusão, o técnico Jorginho optou por fazer mistério sobre o time que entra em campo neste sábado. Sem muito tempo para treinar, é improvável que ele faça grandes mudanças. Uma das novidades deve ser o meia Adrianinho, que substituiria Chiquinho, suspenso pelo terceiro amarelo. Já o volante Fellipe Bastos, contratado por empréstimo do Vasco, pode entrar na vaga de Fernando Bob. O lateral Advíncula e o meia Ramirez estão fora, já que servem a seleção peruana.
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