Em crise, seleção brasileira aposta no efeito Nordeste para superar a Venezuela

Alexandre Simões – Hoje em Dia
13/10/2015 às 07:06.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:02
 (Rafael Ribeiro / CBF)

(Rafael Ribeiro / CBF)

O Brasil já recebeu a Venezuela, em jogos de Eliminatórias, sete vezes. Venceu seis, empatou uma, num jogo que não valia nada, marcou 27 gols e nunca foi vazado. Nesta terça-feira (13), as duas seleções se enfrentam no Castelão, em Fortaleza, às 22h. E a Seleção, em crise, muito mais que no retrospecto, busca força é no histórico de superação no Nordeste.

E não deixa de fazer sentido, pois a sintonia entre Seleção e Nordeste foi uma das marcas do período em que o hoje técnico Dunga era jogador.

Em 1989, um 2 a 0 sobre o Paraguai, no Arruda, em Recife, na última rodada da fase de grupos da Copa América, foi o ponto de partida para a conquista do título, depois de 40 anos.

Mãos dadas

Nas Eliminatórias para a Copa dos Estados Unidos, a Seleção, que era dirigida por Parreira, estava em crise. No jogo anterior, a vitória por 2 a 0 sobre o Equador, em 22 de agosto de 1993, no Morumbi, com um gol de Dunga, a torcida paulista tinha cantado: “Olê, olê, olê, olê, Telê, Telê”.

A partida seguinte, uma semana depois, contra a Bolívia, que pouco mais de um mês antes tinha tirado a invencibilidade do Brasil em Eliminatórias, vencendo por 2 a 0, em La Paz, era no Arruda, em Recife. O time entrou em campo de mãos dadas, o que virou uma das marcas do tetra. E goleou os bolivianos por 6 a 0, dando a arrancada para a classificação.

Na volta dos Estados Unidos, com o tetra e muita muamba na bagagem, a primeira escala da Seleção foi no Recife. A delegação desfilou pelas ruas, que estavam tomadas por uma multidão estimada em 1,5 milhão de pessoas.

Ronaldo

Em 2002, a despedida da Seleção do torcedor brasileiro foi com uma vitória por 1 a 0 sobre a Iugoslávia, no Castelão, em Fortaleza, na partida que marcou a volta de Ronaldo à equipe.

A comemoração do penta e também a despedida de Felipão da Seleção, em 21 de agosto de 2002, foi disputada no Castelão, em Fortaleza, local do confronto de hoje, contra a Venezuela, e terminou com uma vitória do Paraguai por 1 a 0.

O Nordeste seguirá sendo a casa do Brasil nestas Eliminatórias na quarta rodada, pois o jogo contra o Peru, dia 17 de novembro, será em Salvador.

“Temos que agradecer ao povo de Fortaleza, ao Nordeste, sempre muito carinhoso com a Seleção. Com esse carinho, a confiança aumenta e faz com que a gente queira mais ainda que as vitórias cheguem”, afirma o baiano Daniel Alves.

O problema é que os resultados estão deixando evidente que a Seleção Brasileira, muito mais do que carinho, está precisando é de futebol.
 

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