(Bruno Cantini/Atlético)
Quando o relógio já credenciava o juiz Andrés Cunha a apitar o fim da partida, o atacante Lucas Pratto tomou a responsabilidade inédita de bater uma falta na entrada da área do São Paulo. O camisa 9 isolou a bola, caiu de joelhos, escondeu o rosto na camisa e sentiu o peso da eliminação.
O jogador, há cinco anos, persegue a semifinal da Copa Libertadores. De 2011 para cá, esteve presente em todas as edições da competição internacional e, por três vezes só conseguiu chegar às quartas.
Em 2011, o jogador disputou a Libertadores com a camisa do Universidad Católica e foi eliminado nas quartas de final, justamente por Diego Aguirre, treinador do futuro vice-campeão Peñarol. No ano seguinte, Pratto retornou para a Argentina e foi defender o Vélez Sarsfield.
Pelo time de Liniers, Pratto voltou às quartas da Libertadores em 2012, mas o Santos, defendendo o título ano interior, eliminou os argentinos.
Em 2013 e 2014, ainda pelo Vélez, Pratto só conseguiu alcançar as oitavas de final.
O primeiro algoz foi o Newell's Old Boys, que seria eliminado nas semifinais pelo Atlético. No ano da Copa do Mundo no Brasil, o Urso deu adeus à Libertadores depois de o Vélez cair perante o Nacional do Paraguai, finalista e vice-campeão daquela edição para o San Lorenzo de Edgardo Bauza, atual treinador do São Paulo.
Ano passado, na primeira Libertadores de Pratto pelo Atlético, o Internacional, que tinha Diego Aguirre no banco de reservas, varreu o Galo da competição nas oitavas. Nesta quarta-feira (18), o goleador alvinegro somou à sexta eliminação seguida. Curiosamente, cinco delas foram em casa.