Encontro em BH decide futuro da Sul-Minas-Rio

Alberto Ribeiro e Frederico Ribeiro – Hoje em Dia
23/10/2015 às 07:23.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:11
 (Wesley Santos)

(Wesley Santos)

O racha entre o executivo-chefe da Liga Sul-Minas-Rio, Alexandre Kalil, e os representantes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que não entraram em consenso de como a nova competição seria encaixada no calendário brasileiro na temporada 2016, promete ganhar novo capítulo nesta sexta (23).

Representantes dos clubes que integram a Liga se reúnem na sede do Cruzeiro, às 14h, para discutir o futuro da competição e confirmar a tabela da competição, prevista inicialmente para cinco datas, mas que pode ter mudanças com o rompimento com a CBF.

A grande novidade é que Alexandre Kalil ganhou um aliado de peso na história. O ministro do Esporte, George Hilton, declarou apoio à formação da competição independente. Isso fortalece ainda mais a decisão da Liga em criar o torneio com ou sem a participação da entidade máxima do futebol nacional.

Em contato com a reportagem, o ex-presidente do Atlético foi enfático ao rechaçar qualquer possibilidade de voltar a conversar com o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, e seus aliados. O principal deles é o presidente da Federação Carioca, Rubens Lopes, que se sente golpeado com a filiação de Flamengo e Fluminense à Liga. Os rivais do Rio são desafetos confessos da Ferj.

“A aproximação entre a Liga e a CBF é zero”, frisa Kalil ao Hoje em Dia.

Um dos pontos que será discutido na reunião de logo mais é quanto os direitos de transmissão da competição. Há três interessadas em exibir as partidas. “A Primeira Liga já é uma realidade. Vai sair. Fazemos reuniões de 15 em 15 dias. Essa na sede do Cruzeiro será para tratar das datas da competição, além de analisar as propostas dos direitos de transmissão”, frisa o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan.

“A principal discussão será realmente sobre como ficará o relacionamento com a CBF. A competição será criada, com o aval ou não da entidade”, acrescenta Delfim Peixoto Neto, presidente da Federação Catarinense e um dos vices de Marco Polo del Nero.

Jogo duro

O problema é que a CBF promete endurecer essa briga. Na última segunda-feira, Del Nero mandou representantes dizerem a Alexandre Kalil que só daria o aval ao torneio após a realização da assembleia de federações, marcada para a próxima terça-feira, no Rio de Janeiro.

O argumento é que campeonato poderia ser questionado judicialmente. Isso porque, pelo estatuto da CBF, a entidade tem a prerrogativa de aprovar o calendário nacional, assim como de as competições interestaduais.

Essa prerrogativa não é bem vista pela Liga, que atualmente conta com 15 clubes já filiados e despertou o interesse de outras equipes do cenário nacional, como Santos, Goiás, Paysandu, Botafogo e Ponte Preta.

© Copyright 2025Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por
Distribuido por