Após uma semana inteira de polêmicas e provocações entre dirigentes de Cruzeiro e Atlético, o clima para o clássico deste sábado ficou hostil. Nos arredores do Mineirão houve confusão na entrada da maior organizada atleticana, a Galoucura, e para dispersar o tumulto os militares usaram gás de pimenta. Mutos torcedores começaram a tossir e ficar sem ar, o que afetou até membros da própria Polícia Militar que estavam no local.
O jogo já estava 1 a 0 para o Cruzeiro e uma enorme bagunça marcava a tentativa de entrada de torcedores do Atlético na ala norte do Mineirão. Enquanto os adeptos do Galo carregavam suas bandeiras, muito empurra-empurra, cavaletes de metal sendo “movimentados na marra” e vários xingamentos obrigaram os militares a utilizar gás de pimenta para dispersar a aglomeração de pessoas.
A reportagem do Hoje em Dia acompanhou tudo do anel superior do Mineirão e também sentiu os efeitos do gás de pimenta: irritação nos olhos e "garganta arranhando", o que ocasionou tosse. Após o uso do spray, até mesmo os militares começaram a tossir bastante, bem como os torcedores que estavam no local. Uma mulher precisou ser retirada pelos bombeiros pois apresentou dificuldades para respirar.
Amparado, um senhor vestido com a camisa preta e branca do Atlético foi conduzido por outro rapaz. (veja abaixo no vídeo):
No começo da semana, a Galoucura emitiu uma nota de repúdio contra a determinação do Cruzeiro, que havia proibido o torcedor visitante de levar ao Mineirão bandeiras, faixas e instrumentos de percussão. Informações de bastidores, por causa disso, davam conta de que a organizada não marcaria presença no clássico.
Entretanto, como a Federação Mineira de Futebol (FMF) impediu que o Cruzeiro determinasse tal proibição, a Galoucura compareceu ao jogo.