(Fernando Michel)
A vitória do Atlético por 2 a 1 sobre o Grêmio, nessa quarta-feira (3), no Mineirão, em duelo atrasado da 19ª rodada do Campeonato Brasileiro, marcou o primeiro confronto com 100% da capacidade do estádio liberado neste ano.
Entretanto, se a festa dos torcedores no importante triunfo do Alvinegro foi o ponto alto da noite, vários problemas foram registrados dentro e no entorno do Gigante da Pampulha.
O primeiro deles foi o trânsito. Como havia ocorrido em outras partidas no local, mesmo com capacidade reduzida, as principais vias de acesso ao estádio apresentaram um tráfego de veículos caótico. Nem mesmo o fato de a partida ter começado às 21h, fora do horário de pico, atenuou a situação.
Entrada
Após enfrentarem um trânsito intenso, cerca de 10% dos 56. 624 espectadores que acompanharam o duelo desta quarta (recorde do Galo no novo Mineirão) só conseguiram entrar no Gigante da Pampulha com o jogo em andamento. A maioria, inclusive, não viu o primeiro gol da partida, marcado pelo Zaracho, aos 12 minutos da etapa inicial.
Já se passavam dos 30 minutos de jogo, e muitos torcedores ainda não haviam chegado as arquibancadas. Com um tumulto armado, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) ordenou a liberação das catracas e a conferência manual dos ingressos, testes de Covid-19 e comprovantes de vacinação.
Mineirão justifica
Em nota, o Mineirão culpou o trânsito intenso e afirmou ainda que a morosidade do acesso deve-se aos protocolos de checagem de testes e com a nova funcionalidade de ingressos impressos em casa pelos torcedores.
A assessoria de comunicação do principal palco do futebol mineiro completou, dizendo que problemas como papel amassado, QR Code com leitura inadequada, checagem contra falsificação mais lenta fazem com que seja gasto o tripo do tempo habitual para o acesso nas catracas.
Diante desse cenário, a administradora do estádio destacou a necessidade de se acessar o Gigante com maior antecedência nas próximas partidas.
Protocolos desrespeitados
Outro problema recorrente desde a liberação da volta do público aos estádios, permitidas em Belo Horizonte em agosto, é o desrespeito a alguns protocolos sanitários.
O principal deles é o não uso de máscaras nas dependências do estádio. Com fiscalização ineficiente, a prática se tornou costumeira nas partidas, nãos apenas nas do Atlético.
A falta do distanciamento social indicado pelas autoridades também é frequente, também sendo pouco coibida por quem devia o fazer.