Era Fábio: relembre alguns capítulos do goleiro com a camisa do Cruzeiro

Thiago Prata
@ThiagoPrata7
05/01/2022 às 21:36.
Atualizado em 10/01/2022 às 02:02
 (Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

(Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Fábio havia acertado renovação de contrato em novembro e tinha esperança de chegar a mil jogos pelo clube

Sem chegar a um acordo com o Cruzeiro, o goleiro Fábio encerrou seu ciclo na Raposa nesta quarta-feira (5). O agora ex-capitão do time celeste não aceitou a proposta da diretoria encabeçada por Ronaldo para permancer no clube somente até o fim do Campeonato Mineiro. Relembre abaixo alguns capítulos de uma saga que durou mais de 17 anos.

Estreia

O começo de trajetória de Fábio no Cruzeiro se deu em 2000, e a estreia pelo time aconteceu no dia 4 de março daquele ano, na vitória por 2 a 1 em cima do Universal.

"Aquele jogo foi marcante para mim, dentro do Mineirão, em um amistoso. Se não me engano, tive a oportunidade de entrar no segundo tempo. Foi o primeiro passo", disse ele, depois emprestado ao Vasco até 2004.

Retorno

Em 2005, o goleiro regressou à Toca para fazer história, embora o recomeço não tenha sido o esperado, com o Cruzeiro perdendo o Mineiro para o Ipatinga. No ano seguinte, os celestes deram o troco no Tigre e faturaram o Estadual.

Mas o pior momento de Fábio ocorreu em 2007: na goleada por 4 a 0 sofrida para o Atlético, o arqueiro sofreu um gol enquanto estava de costas para o atacante Vanderlei, autor do tento que selou a vitória alvinegra. No mesmo duelo, o goleiro se machucou, ficando fora dos gramados por quase dois meses. Recuperado da lesão, voltou a ser titular e teve papel importante na campanha do Brasileirão, em que a Raposa obteve uma vaga na Libertadores do ano seguinte.

Em 2008 e 2009, esteve presente nas duas goleadas por 5 a 0 em cima do Atlético, no Mineirão, em finais do Mineiro. Em ambas as ocasiões, os celestes saíram com o título. Também em 2009, foi vice da Libertadores.

Conquistas

Se em 2010 o arqueiro teve que se contentar com o vice-campeonato nacional, e em 2011 e 2012, o Cruzeiro foi mero coadjuvante na Série A, em 2013 e 2014 viriam os primeiros títulos de grande expressão do camisa 1 pelos azuis, na condição de titular. Comandado por Marcelo Oliveira e com Fábio como um dos pilares do elenco, o time faturou o bicampeonato brasileiro em sequência.

Apesar do momento iluminado, o goleiro era injustiçado na Seleção Brasileira, sendo preterido das listas de convocação e ficando fora da Copa do Mundo de 2010 e 2014. Mesmo assim, continuou atuando em alto nível, ajudando o clube a angariar novas conquistas.

Mais um bi

Em 2017 e 2018, o Cruzeiro viveria seus últimos momentos de protagonismo nacional, com os títulos da Copa do Brasil. Campeão também em 2000, mas como reserva, Fábio teve papel crucial nesses novos troféus, defendendo penalidades contra Grêmio e Flamengo na campanha do penta e Santos na do hexa.

‘Não vou abandonar’

Apesar do rebaixamento da Raposa em 2019, Fábio disse que não deixaria o time. “Estive aqui nos melhores momentos. Não seria nos piores que abandonaria o Cruzeiro”, disse naquela época, permanecendo em 2020 e 2021. Infelizmente para ele e o clube, o objetivo de retornar à Série A não foi atingido.

Com Ronaldo Fenômeno como acionista majoritário da SAF, o Cruzeiro passou por mudanças internas, tendo que se adaptar a uma nova realidade orçamentária. Sem conseguir chegar a um acordo com o goleiro, o clube rescindiu com o atleta.

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