(Bruno Cantini/Atlético)
Após a vexatória eliminação das oitavas de final da Copa Libertadores para o fraco time do Jorge Wilstermann, dentro do Mineirão, com um empate sem gols, o presidente Daniel Nepomuceno afirmou, em entrevista coletiva, que o G-6 passava a ser obrigação para o Atlético no Campeonato Brasileiro.
Conquistar uma vaga na sexta Libertadores seguida é o mínimo que o clube espera de uma temporada que começou com enredo de sucesso, mas corre o sério risco de terminar com a marca do fracasso.
Isso porque mais que o presidente tenha ordenado, o Atlético de Rogério Micale não consegue passar da metade da tabela de classificação. Isso poderia acontecer nesta 23ª rodada, caso o Galo tivesse vencido o Palmeiras. Mas no 12º jogo em casa neste Campeonato Brasileiro, o Atlético segue vivendo o drama de atuar como mandante. Foram apenas três vitórias, mesmo número de empates e seis derrotas. O aproveitamento de apenas 33% é melhor apenas que o do Vitória, que conquistou 24% dos pontos disputados no Barradão, em Salvador.
E na tarde deste sábado (9), Rogério Micale, que soma uma vitória, um empate e uma derrota dirigindo o Galo em Belo Horizonte, teve culpa direta em mais um resultado ruim do Atlético dentro do Independência.
Seu time não soube aproveitar a grande vantagem numérica que teve na maior parte do tempo. E sua substituição dupla para valer uma só não conseguiu ser explicada nem por ele mesmo direito, pois suas justificativas na entrevista coletiva após a partida não foram convincentes.
O treinador garantiu que se uma bola tivesse entrado as substituições teriam sido boas, mas que com o empate, elas foram ruins.
A desastrosa interferência dele no seu time está longe de depender de resultado. Micale mostrou insegurança num momento decisivo da temporada, pois a vitória sobre o Palmeiras poderia colocar o Atlético no G-6 ou, pelo menos, muito próximo dele. Com o empate, diante de um time que chegou a jogar 17 minutos com dois jogadores a menos em campo, o Galo corre o risco de retroceder na classificação.
Resta saber até quando Daniel Nepomuceno, que tem como marca trocar treinadores, terá paciência caso sua ordem não seja cumprida logo. A da torcida atleticana já está acabando, se não é que acabou.