(Aldo Azevedo)
Esportes não tão conhecidos do grande público também têm a sua vez na Intersports Brazil Hall, salão internacional de marketing e licenciamento esportivo. Hóquei in line, rúgbi, rúgbi em cadeira de rodas, vela adaptada (para deficientes físicos), entre outros buscam da sua forma atrair a atenção para aumentar o número de praticantes e também fortalecer a modalidade do coração.
Desde o início na feira, com um estande estrategicamente localizado ao lado da quadra na feira, o pessoal do hóquei in line, através da Federação Mineira do esporte, angariava curiosos, que logo já empunhavam um stick (taco) e arremessavam pucks (discos) para o gol.
"As pessoas têm acesso devido a televisão e internet, mas o contato é algo novo. Visualmente, o esporte atraí muito. O pessoal chega, pode tocar o equipamento, entra na quadra, brinca com o puck. Chuta no gol e acha bem interessante. As pessoas ficam interessadas em saber onde pratica", destacou Leandro de Oliveira, jogador do Eldorado Vipers.
Com a mesma intenção, mas visando um outro público, aparecem os participantes do rúgbi em cadeira de rodas. Sabedores que ainda existem muitos deficientes ociosos, que por desconhecimento até da existência do esporte, não buscam uma atividade física, os atletas do Projeto Superar tentam chamar a atenção para a modalidade paralímpica.
"Somos o único time em Minas Gerais, um estado grande com uma quantidade enorme de deficientes. Essa divulgação é interessante até para mudar isso. Para o pessoal ver e saber que é um esporte competitivo. Penso que um evento deste é para as pessoas entenderem e conhecerem um pouquinho do rúgbi em cadeira de rodas", comentou Leonardo Macedo, praticante da modalidade.
O atleta lembrou que a falta de espaço na mídia, que pouco explora as possibilidades de divulgação do esporte, e a dificuldade em se encontrar lugares para a prática do rúgbi em cadeira de rodas evitam que os deficientes conheçam e se juntem à modalidade. Abrangente, o esporte é praticado por pessoas com comprometimento em três membros.
"As pessoas tem que saber que um atleta mais comprometido tem condição de praticar o esporte. Muitos estão em casa, assistindo televisão e na internet, porque acham que não tem condição", comentou Leonardo.